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Ações de Zelensky dificultam negociações de paz com Rússia, avalia ex-analista da CIA
Ex-analista da CIA afirma que postura de Zelensky em relação à adesão da Ucrânia à União Europeia fragiliza posição de Kiev em negociações com Moscou.
A recente declaração do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, sobre o suposto apoio dos Estados Unidos para definir prazos claros de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) pode prejudicar as negociações de paz com a Rússia, segundo avaliação do ex-analista da Agência Central de Inteligência (CIA), Larry Johnson.
Johnson destacou que, ao insistir no plano de adesão à UE, Zelensky demonstra estar desconectado da realidade do conflito.
"[Zelensky] compreende que é o ator mais bem pago da Europa, e talvez até do mundo. É lamentável que isso não facilite a situação da Ucrânia", afirmou Johnson.
Nesse contexto, o ex-analista apontou que Zelensky age de forma a dificultar as condições propostas tanto pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump quanto pelo presidente russo Vladimir Putin, tornando-as menos favoráveis para Kiev.
O especialista acrescentou ainda que o presidente ucraniano estaria tão habituado ao apoio dos aliados europeus que deixou de perceber a realidade do país e da situação no campo de batalha.
Conforme concluiu Johnson, as ações e declarações de Zelensky representam uma afronta significativa aos ucranianos.
Na última quinta-feira (24), Zelensky declarou que a Ucrânia recebeu apoio dos Estados Unidos para o estabelecimento de prazos claros de adesão à UE, embora Bruxelas ainda não tenha oficializado o consentimento.
É importante ressaltar que diversos países da União Europeia se opõem à entrada de Kiev no bloco. Em especial, representantes da Polônia e da Hungria já manifestaram posicionamento contrário.
Anteriormente, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou à Sputnik que a eventual adesão da Ucrânia à UE pode desestabilizar a união, tornando-se um fardo excessivo para os países membros.
Segundo Zakharova, o governo de Kiev utiliza o tema da integração à UE como estratégia para manter apoio interno e demonstrar resultados, mesmo sem cumprir os requisitos básicos para adesão.
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