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Pequim critica tarifas dos EUA sobre chips chineses, adiadas para 2027
China repudia decisão dos Estados Unidos de impor tarifas a semicondutores, mesmo com adiamento para 2027, e promete resposta.
O governo chinês condenou o anúncio dos Estados Unidos de impor tarifas sobre semicondutores importados da China, cuja isenção foi estendida até junho de 2027.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, classificou a medida norte-americana como perseguição às empresas chinesas:
"Desestabilizam as cadeias industriais e de suprimento globais, sufocam a indústria de semicondutores de outros países e não beneficiam ninguém", afirmou Lin Jian.
O porta-voz instou os EUA a respeitarem os acordos firmados entre os dois governos no final de outubro. "Se os EUA continuarem pelo caminho errado, a China tomará as medidas correspondentes para salvaguardar firmemente seus legítimos direitos e interesses", declarou.
Apesar de Washington alegar que a política industrial chinesa distorce os mercados globais, o governo dos EUA decidiu, na terça-feira (23), adiar a implementação de tarifas adicionais sobre chips chineses.
Segundo o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), o adiamento ocorre após uma investigação de um ano sobre as políticas chinesas para o setor de semicondutores.
A decisão estratégica visa ampliar o tempo para consultas com a indústria e aliados, além de manter margem de negociação em discussões comerciais mais amplas com Pequim.
As tarifas já existentes sobre semicondutores chineses permanecem em vigor, o que demonstra que o adiamento não representa um abrandamento da postura americana, mas oferece previsibilidade de curto prazo em um contexto de alta demanda por chips, impulsionada pelo avanço da inteligência artificial, computação em nuvem e expansão de data centers.
O governo dos EUA deixou aberta a possibilidade de novas ações, por meio de revisões separadas de segurança nacional, indicando que o comércio de semicondutores seguirá como ponto central da disputa geopolítica.
Por Sputnik Brasil
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