A Guarda Costeira dos Estados Unidos enfrenta dificuldades operacionais para tentar apreender o terceiro petroleiro ligado à Venezuela, o Bella 1, enquanto aguarda reforços, segundo informações da Reuters divulgadas na noite da última terça-feira (23), citando fontes próximas à operação.

O Bella 1 recusou-se a permitir o embarque da Guarda Costeira, levando as autoridades a considerar o uso de equipes de elite de Resposta de Segurança Marítima, que podem abordar o navio inclusive por helicóptero.

Essas equipes especializadas, no entanto, são limitadas — apenas duas estão disponíveis — e uma delas foi recentemente enviada do porta-aviões USS Gerald R. Ford, mas estava muito distante para realizar a interceptação a tempo.

Apesar do reforço militar dos EUA no Caribe, fontes apontam que há limitações operacionais para o uso da força nessas situações.

No dia 10 de dezembro, os EUA apreenderam o petroleiro Skipper, de bandeira da Guiana, quando ele deixava a Venezuela. Já no último sábado (20), a Guarda Costeira abordou o superpetroleiro Centuries, com bandeira do Panamá, próximo à costa venezuelana.

No domingo (21), a imprensa noticiou que os EUA perseguiam o petroleiro Bella 1, também de bandeira panamenha, após o navio fugir para o Atlântico em resposta à tentativa de abordagem.

Em 17 de dezembro, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o governo venezuelano como "organização terrorista estrangeira" e anunciou bloqueio total a todos os petroleiros sancionados com origem ou destino na Venezuela.

Trump afirmou ainda que os EUA não permitirão que "um regime hostil se apodere de nosso petróleo, terras ou quaisquer outros ativos, os quais devem ser devolvidos aos Estados Unidos".