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Anvisa proíbe comercialização de produtos à base de alulose no Brasil
Adoçante não possui autorização para uso alimentar no país e teve todos os lotes suspensos pela agência
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (22), uma resolução no Diário Oficial da União proibindo a comercialização, distribuição, importação, propaganda e uso de todos os lotes de produtos à base de alulose da empresa Sainte Marie Importação e Exportação.
A decisão foi tomada porque a alulose não integra a lista de substâncias autorizadas pela Anvisa para utilização como adoçante ou ingrediente alimentar no Brasil.
O que é a alulose?
De acordo com Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alulose é um tipo de açúcar semelhante à frutose, mas apresenta diferenças químicas que reduzem sua absorção pelo organismo. Ela pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva.
“O mecanismo de ação é semelhante ao de outros adoçantes. Tem baixo valor calórico e estudos indicam pouco impacto sobre a glicose e a resposta insulínica”, explica a nutricionista. Por isso, passou a ser vista como alternativa ao açúcar comum.
Segundo Tarcila, há pesquisas que apontam certo grau de segurança no consumo. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a Food and Drug Administration (FDA) autoriza seu uso com base em estudos toxicológicos e clínicos”, afirma.
No Brasil, porém, não houve processo de regularização do ingrediente. “Talvez o produto não tenha sido submetido à aprovação ou não atendeu aos requisitos exigidos pela Anvisa para liberação”, esclarece.
A Anvisa reforça que alimentos ou ingredientes sem histórico de consumo no país são classificados como novos e, por isso, precisam passar por avaliação da agência. Para isso, a empresa interessada deve apresentar documentação técnico-científica para análise.
“Nessa avaliação, a Anvisa verifica se o processo de fabricação do novo alimento ou ingrediente não introduz ou concentra substâncias que possam causar danos à saúde e se a indicação de consumo respeita níveis considerados seguros”, informa a agência.
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