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Tarcísio de Freitas atribui atraso do Rodoanel Norte à Lava Jato e corrupção em gestões passadas

Governador de São Paulo critica administrações anteriores e destaca retomada das obras após concessão à iniciativa privada.

22/12/2025
Tarcísio de Freitas atribui atraso do Rodoanel Norte à Lava Jato e corrupção em gestões passadas
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - Foto: Reprodução / Instagram

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (22) que o atraso na entrega do novo trecho do Rodoanel Norte ocorreu devido à Operação Lava Jato e à corrupção em governos anteriores.

"Sobre essa obra se abateu um grande problema, o problema da corrupção, uma chaga que assola o Brasil. Nós enfrentamos aqui e nós vimos aqui a Operação Lava Jato daqueles governos que se acostumaram a viver na corrupção", declarou Tarcísio. "E, por isso, essa obra ficou parada por causa da Lava Jato, por causa da corrupção."

Durante discurso na inauguração do primeiro trecho do Rodoanel Norte, no município de Arujá, Região Metropolitana, o governador também criticou as promessas feitas por gestões anteriores, mas não detalhou a relação entre o atraso e a corrupção mencionada.

A retomada do projeto ocorreu em 2023, após o leilão que concedeu a rodovia à empresa Via Appia. Conforme o contrato, a concessionária administrará o Rodoanel Norte por 31 anos e deverá investir R$ 2 bilhões na conclusão das obras. O governo estadual investirá outros R$ 1,4 bilhão, totalizando R$ 3,4 bilhões no projeto.

O segundo trecho está previsto para ser entregue no segundo semestre de 2026. Segundo Tarcísio, a inauguração desta segunda-feira ocorreu seis meses antes do previsto.

Com 24 quilômetros de extensão, o novo trecho será liberado ao tráfego nesta terça-feira (23), ligando os kms 129 ao 153 e conectando as rodovias Fernão Dias e Presidente Dutra, além de fazer ligação com o trecho Leste do próprio Rodoanel, na altura da Rodovia Ayrton Senna.

Estiveram presentes à cerimônia o vice-governador Felício Ramuth (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, também compareceu e foi vaiado pelo público ao defender ações do governo Lula (PT).