Uma pesquisa do Banco Central revela que 49,2% das empresas não financeiras ainda percebem um sentimento negativo em relação à situação econômica atual. Segundo o levantamento Firmus, realizado entre 10 e 28 de novembro, 35% das empresas classificam o cenário como "discretamente negativo" e 14,2% como "fortemente negativo".

Apesar do predomínio do pessimismo, houve melhora em relação ao trimestre anterior, quando 47,8% sinalizavam sentimento "discretamente negativo" e 15,2%, "fortemente negativo".

O percentual de empresas que veem a situação como "fortemente positiva" permaneceu em 0,4%. Já aquelas com sentimento "discretamente positivo" cresceram de 15,2% para 22,5%. O grupo que considera a situação neutra também aumentou, passando de 21,4% para 27,9%.

"A percepção sobre a situação econômica atual apresentou melhora em relação às três rodadas anteriores, mas continua em patamar negativo", destaca o Banco Central.

Para a maioria das empresas (67,1%), a oferta de crédito permaneceu estável em relação ao trimestre anterior. O índice agregado, porém, subiu de forma moderada, refletindo o aumento de empresas que notaram melhora na oferta de crédito, segundo a autarquia.

O otimismo quanto ao desempenho do próprio setor praticamente não mudou em relação ao trimestre anterior.

As expectativas de aumento nos custos de mão de obra seguiram estáveis, com índice agregado em 4,8%. Já o índice agregado para custos com insumos caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, chegando a 4,3%.

Por outro lado, cresceu a proporção de empresas que planejam reajustes salariais acima da inflação, atingindo 39,6% após três trimestres de queda.