Finanças
Governo define salário mínimo de 2026; veja quando o novo valor começa a valer
Piso nacional terá reajuste de 6,79% e passará a ser de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026
O governo federal oficializou, nesta terça-feira (4), o novo valor do salário mínimo para 2026, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União. O texto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece um reajuste de 6,79% sobre o piso nacional.
Com o aumento, o salário mínimo passará dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621. Trabalhadores que recebem o piso nacional terão um acréscimo de R$ 103 no rendimento mensal. O mesmo reajuste se aplica a aposentados e pensionistas do INSS que recebem o valor mínimo.
O novo valor começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, sendo pago já em fevereiro. O salário mínimo diário corresponderá a R$ 54,04 e o valor da hora, a R$ 7,37.
Além dos trabalhadores com remuneração baseada no mínimo, o piso nacional serve como referência para aposentadorias, pensões e benefícios de programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O reajuste anunciado resulta da política de valorização do salário mínimo, retomada no atual governo. Se fosse aplicada apenas a regra constitucional, que prevê a correção do mínimo pela inflação, o valor subiria para cerca de R$ 1.582, considerando a inflação de 4,18% medida pelo INPC em 12 meses até novembro.
Durante os governos anteriores, de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o salário mínimo era corrigido apenas pela inflação, sem aumento real do poder de compra. No mandato de Lula, o piso voltou a ter reajustes acima da inflação, conforme promessa de campanha.
Em 2023, o Congresso Nacional aprovou medida provisória que incorporou à legislação o mecanismo de reajuste real do mínimo, combinando a variação do INPC e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Se a fórmula fosse aplicada integralmente, o mínimo de 2026 seria corrigido pela inflação de 4,18% e pelo crescimento do PIB de 2024 (3,4%), chegando a cerca de R$ 1.636. No entanto, uma lei aprovada em dezembro de 2023 limitou o ganho real a 2,5% acima da inflação, em conformidade com as regras do arcabouço fiscal.
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