Finanças
Aeroporto de Congonhas recebe aval para retomar voos internacionais a partir de 2028
Secretaria Nacional de Aviação Civil aprova proposta da Aena; plano prevê rotas na América do Sul e obras de modernização em São Paulo
A Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, autorizou a retomada dos voos internacionais no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A medida atende a um pedido da Aena, operadora espanhola responsável pelo terminal, que apresentou um plano de expansão do aeroporto. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo EXTRA.
Com o parecer favorável, o projeto ainda passará por avaliações de órgãos como Polícia Federal, Receita Federal, Vigilância Sanitária e Vigilância Agropecuária Internacional. Além disso, será necessário o interesse das companhias aéreas para a efetivação das rotas.
Se todas as etapas forem cumpridas, a previsão é que os voos internacionais regulares tenham início em 2028, quando está prevista a entrega de um novo terminal no Aeroporto de Guarulhos.
O plano contempla voos internacionais regulares de passageiros com rotas de curta e média distâncias na América do Sul. Por ter uma pista de 1.940 metros, Congonhas não comporta aeronaves para voos transoceânicos.
A internacionalização deve começar com a aviação executiva, utilizando jatos particulares. Já os voos comerciais estão previstos para começar em julho de 2028.
Segundo a SAC, a proposta da Aena está alinhada às diretrizes da Política Nacional de Aviação Civil e ao Plano Aeroviário Nacional.
Os voos internacionais regulares foram interrompidos em Congonhas nos anos 1980, após a construção do Aeroporto de Guarulhos.
Ampliação
A modernização do Aeroporto de Congonhas integra um pacote mais amplo de investimentos. A Aena venceu, em agosto de 2022, a concessão de dez aeroportos em diferentes estados, incluindo Congonhas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participará com R$ 4,64 bilhões em financiamentos, dentro de um pacote total de R$ 5,7 bilhões. A maior parte dos recursos, R$ 5,3 bilhões, veio de uma emissão de títulos de dívida coordenada pelo BNDES e pelo banco espanhol Santander. O restante foi adquirido por outros investidores.
Além disso, o BNDES aprovou um empréstimo adicional de R$ 400 milhões para as concessionárias, elevando sua participação no financiamento.
O bloco arrematado pela Aena inclui, além de Congonhas, os aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã, Corumbá (MS), Santarém, Marabá, Carajás, Altamira (PA), Uberlândia, Uberaba e Montes Claros (MG).
Somente Congonhas receberá R$ 2 bilhões em obras. O aeroporto terá um novo terminal de passageiros com 105 mil metros quadrados, mais que o dobro do espaço atual. As obras, já em andamento, devem ser concluídas até junho de 2028.
O projeto prevê ainda a ampliação das pontes de embarque de 12 para 19, novo pátio de estacionamento de aeronaves, novos hangares para as companhias aéreas e melhorias na eficiência operacional.
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