Finanças

Tensão na Venezuela impulsiona rali das commodities; petróleo, ouro e prata sobem forte

Escalada geopolítica e bloqueio ao petróleo venezuelano elevam preços da energia e reforçam busca por ativos de segurança

Agência O Globo - 22/12/2025
Tensão na Venezuela impulsiona rali das commodities; petróleo, ouro e prata sobem forte
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

As tensões geopolíticas marcaram o desempenho das commodities nesta segunda-feira (data), impulsionadas pelo agravamento do conflito envolvendo a Venezuela. O movimento ganhou força após o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, intensificar o bloqueio ao petróleo venezuelano. A medida se acentuou com a interceptação, pela Guarda Costeira americana, de um terceiro petroleiro na costa da Venezuela no último domingo.

Petróleo em alta:

Os contratos futuros do petróleo Brent, referência para as petrolíferas brasileiras, com vencimento em fevereiro, avançaram cerca de 2,65%, fechando a US$ 62,07 o barril. O petróleo WTI (West Texas Intermediate), referência na América do Norte, subiu 2,64% no mesmo vencimento, cotado a US$ 58,01 por barril.

De acordo com Francisco Monaldi, especialista em energia da Universidade Rice, em Houston, a alta reflete preocupações com a oferta da commodity.

— Essa escalada e a fiscalização mais rigorosa apontam para uma redução no volume de exportações. Os próximos dias serão críticos — afirmou Monaldi à Bloomberg.

Ouro e prata atingem máximas históricas

A busca por ativos de segurança também impulsionou os metais preciosos. Ouro e prata avançaram para níveis recordes nesta segunda-feira, com a intensificação das tensões geopolíticas sustentando o melhor desempenho anual das commodities metálicas em mais de quatro décadas.

O ouro registrou alta superior a 1,5%, superando o recorde anterior de US$ 4.381 a onça, alcançado em outubro. A prata subiu até 3,4%, aproximando-se de US$ 70 a onça, reforçando a trajetória que coloca ambos a caminho do melhor resultado anual desde 1979. (Com informações da Bloomberg)