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Nicki Minaj enfrenta críticas e boicotes após elogios a Donald Trump

Aproximação da rapper com pautas conservadoras e apoio ao presidente dos EUA geram reações negativas de fãs e artistas

Agência O Globo - 23/12/2025
Nicki Minaj enfrenta críticas e boicotes após elogios a Donald Trump
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

Nicki Minaj está no centro de uma forte onda de cancelamento nas redes sociais após elogiar publicamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e se aproximar de pautas conservadoras. A repercussão ganhou força após a rapper participar de um evento promovido pelo grupo Turning Point USA, onde declarou admirar Trump e o vice-presidente JD Vance, destacando que ambos seriam exemplos de liderança e capazes de dialogar com “pessoas comuns”.

A artista também apareceu ao lado de Erika Kirk, viúva do ativista conservador Charlie Kirk, durante um evento ligado à direita americana. O gesto ampliou a percepção de alinhamento político de Nicki Minaj, intensificando as reações negativas nas redes sociais.

No AmericaFest, principal convenção anual do Turning Point USA, Nicki Minaj dividiu o palco com Erika Kirk. A presença das duas reforçou a associação da rapper ao movimento conservador e ampliou o desgaste em sua imagem pública, especialmente após o assassinato de Charlie Kirk durante um debate universitário no início do ano.

A reação dos fãs foi imediata: muitos anunciaram boicotes, deixaram de segui-la nas redes sociais e passaram a questionar a coerência do novo posicionamento político em relação à trajetória da artista.

Minaj, historicamente associada à defesa da diversidade, da comunidade LGBTQIA+ e de debates raciais, passou a ser acusada de se alinhar a discursos considerados excludentes. O desgaste cresceu após declarações e publicações interpretadas como transfóbicas, reacendendo críticas antigas e ampliando a controvérsia.

O reposicionamento político também provocou reações de outros artistas. Kim Petras publicou mensagens em defesa de crianças trans logo após as declarações de Minaj, em gesto visto como resposta indireta. Tammy Rivera criticou sua participação em eventos conservadores, questionando as motivações da rapper, enquanto o comediante D.L. Hughley apontou contradições entre o discurso atual de Minaj e sua trajetória no hip hop.

Especialistas em cultura pop avaliam que o episódio evidencia os riscos de um reposicionamento político em um cenário altamente polarizado. Para críticos, a postura pode afastar parte significativa dos fãs e impactar parcerias na indústria do entretenimento.

"Nicki Minaj sempre foi associada a domínio, independência e à recusa em prestar contas a quem quer que seja", afirma Jeetendr Sehdev, especialista em marcas de celebridades, à AFP. "Alinhar-se à energia de Donald Trump não é só política, mas também uma afirmação de liberdade de expressão e autonomia."

A aproximação com o movimento Maga (Make American Great Again) ganhou força durante a pandemia de covid-19, quando Minaj questionou a segurança das vacinas e se recusou a se imunizar. Em novembro de 2025, ela fez uma aparição surpresa na ONU para afirmar que "cristãos estão sendo atacados" na Nigéria, acusação rejeitada pelas autoridades do país, mas frequentemente repetida por Trump. (Com informações da AFP)

* Estagiário sob supervisão de Gustavo Alves