As escolas estaduais de São Paulo terão acesso, a partir de 2026, a uma nova ferramenta de inteligência artificial para apoiar a produção de redações. A rede estadual vai implantar a tecnologia OCR (Optical Character Recognition — reconhecimento óptico de caracteres), que permitirá a digitalização de textos manuscritos, convertendo a escrita cursiva dos estudantes em conteúdo digital.

Com o uso do OCR, professores poderão fotografar as redações escritas à mão, e o sistema fará automaticamente a conversão do texto, agilizando o processo de leitura, correção e devolutiva pedagógica. Segundo a Secretaria da Educação, a iniciativa busca otimizar o trabalho docente e fortalecer o acompanhamento da aprendizagem dos alunos.

O recurso foi testado em um projeto-piloto no segundo semestre de 2025, envolvendo 79,8 mil estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, matriculados em 115 escolas da capital e da região metropolitana. A partir de 2026, a funcionalidade será ampliada para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio.

No estado, os alunos já utilizam a plataforma TarefaSP para fazer deveres de casa. Apenas no início deste ano letivo, quase 95 milhões de questões foram resolvidas pelos estudantes. Todas as lições são baseadas nas aulas e no Currículo Paulista, sendo liberadas após a ministração do conteúdo pelos docentes. É nesses deveres que a inteligência artificial irá corrigir questões discursivas que não valem nota.