Em um passo decisivo para a modernização da perícia criminal, a Polícia Científica de Alagoas realizou, nesta terça-feira (23), um treinamento técnico voltado à operação de equipamentos de alta tecnologia para coleta de vestígios em locais de crime e laboratórios. O investimento, que soma cerca de R$ 1,4 milhão, resulta de convênios e articulação parlamentar.

O perito criminal Ivan Excalibur, chefe de Perícias Internas e gestor dos convênios, detalhou que o pacote tecnológico inclui um tablet 8K de alta performance e três unidades do smartphone forense CSI Pro 3. Com essa aquisição, Alagoas se torna o primeiro estado do país a operar o modelo Pro 3, superando versões anteriores utilizadas por outras forças de segurança.

“Foi um trabalho intenso de acompanhamento, especialmente porque lidamos com ferramentas de última geração recém-lançadas no mercado global. Conseguimos viabilizar os smartphones por meio de emenda parlamentar, enquanto o tablet 8K foi adquirido com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública”, explicou o perito.

O impacto operacional das novas ferramentas é imediato. O tablet 8K, avaliado em cerca de R$ 870 mil, oferece processamento de imagem avançado, permitindo varreduras rápidas em paredes e superfícies para identificar vestígios biológicos e impressões papilares sem a necessidade imediata de reagentes químicos.

Já os smartphones forenses CSI Pro 3, com custo unitário de R$ 169 mil, proporcionam portabilidade e precisão no isolamento de evidências. “Essas ferramentas agilizam o trabalho em campo e garantem qualidade superior de imagem, essencial para identificar a autoria dos crimes. Conseguimos visualizar vestígios à distância, otimizando o tempo de resposta no local”, destacou Ivan Excalibur.

Integração e treinamento

Nesta terça-feira, um grupo selecionado de peritos do Instituto de Criminalística de Maceió participou de capacitação técnica ministrada por representantes da empresa fornecedora. O treinamento buscou extrair o máximo potencial dos aparelhos, que são versáteis e atendem diferentes áreas da perícia.

Embora o foco inicial seja o Laboratório de Microvestígios e as equipes de local de crime, a utilização será compartilhada. Graças à alta tecnologia, os equipamentos também vão apoiar os laboratórios de Documentoscopia e Genética Forense. Além da capital, unidades de criminalística do Agreste serão beneficiadas, fortalecendo a segurança pública em todo o estado de Alagoas.

Aarão José / Ascom Polícia Científica