Com a chegada do verão, iniciada no último domingo (21), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça o alerta à população alagoana sobre a importância das medidas de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya. O período, caracterizado por altas temperaturas e pancadas de chuva, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças.

O supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, destaca que o calor associado à água parada acelera o ciclo de vida do mosquito, aumentando o risco de transmissão.

“Qualquer recipiente que acumule água pode se transformar em criadouro do Aedes aegypti. Quando há chuvas intensas, a água transborda e todos os ovos presentes eclodem, ampliando os criadouros e elevando os índices de infestação”, explica.

Entre as principais medidas preventivas estão: manter caixas d’água bem vedadas, eliminar água acumulada em pratos de plantas, garrafas, pneus e calhas, além de descartar corretamente o lixo.

A orientação é que cada morador dedique ao menos dez minutos por semana para vistoriar a residência e eliminar possíveis focos do mosquito. Segundo Protásio, a negligência nas ações preventivas ainda é um dos principais fatores para o aumento dos casos de dengue.

“Ações simples acabam sendo esquecidas no dia a dia, como verificar calhas, ralos, bandejas de ar-condicionado e recipientes no quintal”, alerta.

“Subestimar a capacidade desse mosquito de se adaptar, evoluir e transmitir quatro sorotipos da dengue, além de zika e chikungunya, é perigoso. Muitas vezes, a população só se mobiliza diante do aumento de casos, mas a prevenção precisa ser contínua”, reforça o supervisor.

Protásio também chama atenção para o período de festas de fim de ano, quando viagens e recepções em casa podem facilitar o surgimento de focos do mosquito.

“É fundamental manter os cuidados mesmo durante as confraternizações, evitando o acúmulo de lixo, garrafas e recipientes que possam armazenar água, transformando-se em criadouros do mosquito”, orienta.

O combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade coletiva. “A prevenção ainda é a melhor forma de proteger a saúde e evitar o avanço dessas doenças durante o verão. Intensificar os cuidados é essencial para reduzir os índices de infestação do Aedes aegypti em Alagoas”, conclui Paulo Protásio.