Vida Esportiva

Bicampeã olímpica Thaisa relembra apoio de Zé Roberto e críticas após lesão

Jogadora de vôlei destaca papel fundamental do técnico na recuperação e comenta sobre julgamentos sofridos

Agência O Globo - 25/12/2025
Bicampeã olímpica Thaisa relembra apoio de Zé Roberto e críticas após lesão
Thaisa Daher - Foto: Reprodução / Instagram

Thaisa Daher construiu uma carreira vitoriosa no vôlei, acumulando títulos importantes e o reconhecimento como bicampeã olímpica. Atualmente no Minas Tênis Clube, a atleta precisou superar lesões graves ao longo da trajetória e transformar críticas em motivação dentro das quadras. Um dos episódios mais marcantes foi a grave lesão no joelho esquerdo, sofrida em 2017, quando defendia o Eczacibasi Vitra, da Turquia. Na ocasião, o técnico Zé Roberto teve papel decisivo para sua recuperação.

— O Zé (Roberto) fez muito mais do que eu imaginava. Pensei que ia ter uma estrutura, mas ele me deu plano de saúde, me deu salário, me contratou (no Barueri). E ele nem sabia se eu ia voltar a jogar. Fora o tempo dele. Ele deixava de fazer coisas para ficar ali comigo. Talvez ele não entenda que a presença dele ali fez muito mais diferença do que qualquer coisa. E a volta foi esquisita demais, eu ainda tava dando uma patinada dos movimentos. A cabeça está lá na frente, mas o corpo não responde — relembrou Thaisa, em entrevista ao podcast "Basticast" especial de Natal, que foi ao ar nesta quinta-feira.

Buscando retomar o alto nível, Thaisa admite que enfrentou dificuldades para executar certos movimentos após a contusão. Além dos desafios físicos, ela precisou lidar com críticas severas, que, por outro lado, serviram de combustível para sua superação dentro e fora das quadras.

— Eu girava muito o corpo para me proteger no bloqueio e evitava saltar com a perna que havia sofrido a lesão. Fazia todos os movimentos possíveis para cair com as duas pernas. Era inconsciente, mas atrapalhava totalmente o meu bloqueio. Aí o povo começou: “É manca, lenta, não vai voltar, robocop, nunca mais joga igual”. Brasileiro é complicado. Uma atleta bicampeã olímpica, que entregou tanto pelo Brasil, no primeiro momento em que fica na merda e precisa de ajuda, é massacrada em vez de te ajudar. Só que isso eu adorei, me deu força. Queriam me atrapalhar e me ajudaram — afirmou.