Vida e Saúde

Mariana Gross passa por cirurgia cardíaca para tratar prolapso da válvula mitral

Apresentadora do 'RJ1' revela diagnóstico de nascença e explica importância do acompanhamento anual

Agência O Globo - 16/12/2025
Mariana Gross passa por cirurgia cardíaca para tratar prolapso da válvula mitral
Mariana Gross - Foto: Reprodução / Instagram

A jornalista Mariana Gross, de 46 anos, apresentadora do “RJ1”, da TV Globo, revelou nas redes sociais que passou por uma cirurgia cardíaca há cerca de um mês, motivada pelo diagnóstico de prolapso da válvula mitral.

Em publicação feita nesta segunda-feira em seu Instagram, Mariana explicou que nasceu com a condição, frequentemente inofensiva, e que realiza exames anuais para monitorar o quadro.

— O último exame detectou que era necessário uma cirurgia para correção. Então, aos poucos, fui investigando como e quando faria. Marquei uma data e realizei o procedimento há um mês. Fui operada, deu tudo certo, e em 20 dias já estava de volta ao trabalho, cheia de energia — relatou em vídeo.

O que é o prolapso da válvula mitral?

O prolapso da válvula mitral (PVM) é uma alteração estrutural em uma das principais válvulas do coração. Embora, na maioria dos casos, não cause sintomas graves, com o tempo pode ocorrer vazamento na válvula, exigindo intervenção cirúrgica.

Nessas situações, a cirurgia torna-se o único tratamento disponível. Apesar de ser um procedimento de grande porte, a cardiologista Ludhmila Hajjar, diretora da Cardiologia do InCor - USP e chefe da Cardiologia do Hospital Vila Nova Star, afirma que a cirurgia atualmente é considerada segura:

— A cirurgia cardíaca nasceu em 1950 e, nesses 63 anos, tornou-se um procedimento altamente seguro.

Existem duas principais formas de reparo da válvula mitral: a plastia, que consiste no reparo da própria válvula, e a colocação de uma prótese, que pode ser biológica ou mecânica. A escolha depende do grau de comprometimento da válvula.

Atualmente, a troca da válvula mitral ainda é realizada por meio de cirurgia aberta, diferente da válvula aórtica, que pode ser tratada com cateterismo, um procedimento minimamente invasivo.

— Existem estudos em andamento e esperamos que, em breve, a troca da válvula mitral também possa ser feita de forma minimamente invasiva. Mas, por ora, o padrão é a cirurgia cardíaca com toracotomia — explica a cardiologista.

Para reparar ou substituir a válvula mitral, é necessário abrir o tórax do paciente, interromper a atividade cardíaca e utilizar circulação extracorpórea. Além disso, é preciso acessar o interior do coração, o que torna o procedimento mais complexo do que a cirurgia coronariana, por exemplo.

Diante da alta complexidade, especialistas recomendam que esse tipo de cirurgia seja realizado em grandes centros, com equipes altamente especializadas.