Vida e Saúde
Neste Natal, campanha propõe substituir eletrônicos por instrumentos musicais
Associação Nacional da Indústria da Música faz um chamado às famílias, educadores e à sociedade em favor do desenvolvimento integral de crianças e adolescentes
A Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música) lança uma campanha inédita incentivando pais e responsáveis a presentearem crianças e adolescentes, neste Natal, com instrumentos musicais em vez de eletrônicos. Aprender música por meio da prática instrumental é apontado como uma das experiências educativas mais completas para o desenvolvimento infantil.
Mais do que cultura, a música promove desenvolvimento humano aplicado, com impactos positivos na cognição, emoção, disciplina e sociabilidade. A campanha "Neste Natal, não dê um aparelho eletrônico. Dê um instrumento musical e aula de música" convida as famílias a repensarem o tipo de presente oferecido: menos consumo passivo de atenção, mais construção de habilidades reais.
Estudos científicos recentes demonstram que intervenções e treinamentos musicais podem aprimorar funções executivas em crianças — como controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva — além de favorecer habilidades de linguagem e aprendizagem, desde que haja orientação adequada e prática consistente. Entre os benefícios frequentemente observados, destacam-se:
• Melhora da atenção e da capacidade de concentração (funções executivas);
• Fortalecimento da memória e do aprendizado (incluindo linguagem e vocabulário);
• Desenvolvimento da coordenação motora fina e da percepção auditiva;
• Redução de estresse e ansiedade, com melhor autorregulação emocional;
• Estímulo à criatividade e ao pensamento flexível;
• Fortalecimento do convívio social (escuta, cooperação, pertencimento);
• Formação de hábitos de disciplina, constância e responsabilidade.
Por outro lado, a exposição precoce e excessiva a equipamentos eletrônicos, especialmente celulares e tablets, está associada a riscos para o sono, atenção e aspectos do desenvolvimento cognitivo e psicossocial — principalmente quando substituem atividades estruturantes, como sono adequado, brincadeiras, leitura, conversas e convivência familiar.
A proposta da campanha, segundo a Anafima, não é ser contrária à tecnologia, mas sim defender o equilíbrio e a prioridade correta. Um instrumento musical não apenas substitui um dispositivo eletrônico: ele amplia repertório, fortalece vínculos e estimula a autonomia. Entre as recomendações da campanha, estão:
• Adiar, sempre que possível, a entrega de smartphones próprios para crianças e adolescentes em idade escolar;
• Substituir parte do tempo de tela por uma rotina mínima de prática musical, priorizando a consistência;
• Oferecer o "combo presente + aula", pois o instrumento sem orientação tende a ser pouco aproveitado;
• Estimular experiências coletivas, como aulas em grupo, bandas, corais e fanfarras, favorecendo o pertencimento e a sociabilidade;
• Criar rituais familiares de música, como tocar, cantar e ouvir juntos, fortalecendo o vínculo familiar.
A associação também se comprometeu a apoiar iniciativas que ampliem o acesso ao ensino musical, por meio de parcerias com escolas, projetos sociais, redes de educação musical e ações que proporcionem instrumentos de entrada com orientação de qualidade.
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