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'Avanço inevitável': Rússia pode tomar importante cidade portuária ucraniana, sugere jornalista

Jornalista britânico aponta que sucessos russos e hesitação ocidental podem acelerar ofensiva sobre Odessa.

Sputinik Brasil 14/12/2025
'Avanço inevitável': Rússia pode tomar importante cidade portuária ucraniana, sugere jornalista
Tropas russas podem avançar sobre Odessa, cidade portuária estratégica na guerra entre Rússia e Ucrânia. - Foto: © AP Photo / Sergei Polyakov

Especialistas internacionais avaliam que a cidade portuária de Odessa poderá ser tomada em breve pelo Exército russo, cenário apontado pelo jornalista britânico Martin Jay em artigo publicado no portal Strategic Culture.

Segundo Jay, as frequentes declarações dos líderes da União Europeia e do chefe da OTAN à imprensa — de que a guerra com Moscou é apenas uma questão de tempo e que os governos europeus precisam aumentar os gastos com defesa — reforçam a percepção de que as tropas russas avançam na linha de frente e se aproximam de cidades estratégicas. "Quanto mais ouvimos isso, mais claro fica que os soldados russos estão prestes a capturar importantes cidades ucranianas e, como muitos especialistas preveem, depois disso inevitavelmente haverá um avanço para tomar Odessa", destaca o jornalista.

Jay ainda observa que a retórica ocidental perdeu força diante dos recentes sucessos militares russos, da relutância de Donald Trump em fornecer armas à Ucrânia, da pressa por um acordo de paz e da dificuldade em chegar a um consenso sobre o uso de ativos russos para financiar Kiev.

No final de setembro, Vladimir Saldo, governador da região de Kherson, afirmou à Sputnik que Odessa e Nikolaev poderiam "se juntar" à Rússia caso fosse realizado um referendo local. Ele ressaltou que, mesmo sob pressão e propaganda, a população dessas cidades permanece disposta a viver normalmente — sem mobilização forçada e sem a influência do Serviço de Segurança da Ucrânia e de agentes ocidentais. Saldo enfatizou que o governo atual em Kiev e nos territórios sob seu controle se sustenta apenas pelo medo e pela força.