Seja para cantar de peito aberto aquele samba que machuca o coração, seja para curtir um balanço de forró, a cidade maravilhosa entrega é rolê (ou rolé, como nos primórdios das gírias cariocas). Nesta lista, O GLOBO apresenta algumas das principais atrações do Rio para curtir uma noite regada a bastante passinho, clima de paquera (com o perdão da cafonice) ou só uma vibe autenticamente boêmia. Pega a visão.

Samba

Beco do Rato

Botequim e tradicional casa de samba, reúne nomes conhecidos do cenário musical para apresentações, além de ter uma programação fixa. As rodas recebem convidados surpresa e sambistas parceiros.

Rua Joaquim Silva 11, Lapa. Seg e qui, das 18h à 1h; ter e qua, das 18h à 0h; sex e sáb, das 18h às 2h; dom, das 12h às 21h.

Pedra do Sal

Esse é um clássico. De sexta a segunda-feira, a Pedra do Sal tem rodas de samba tradicionais em um espaço de resistência da chamada Pequena África. É um dos berços do samba. O lugar foi batizado assim por ser onde o sal, que chegava no porto e era descarregado por negros escravizados, era carregado. O camarote lá é sentar na ladeira de pedra, ou, quem prefere, pode acompanhar de pertinho os músicos. No entorno, vários inferninhos tocam ainda outros estilos musicais, e barraquinhas de bebida e lanche disputam a atenção de quem visita.

Rua Argemiro Bulcão s/n, Saúde.

Vaca Atolada

O lugar é apertado, quente, mas cheio de energia. Carinhosamente apelidado de Vaca pelos mais chegados, o bar na Rua Gomes Freire, na Lapa, não cobra couvert para quem vai aproveitar o samba de raiz da casa. As rodas acontecem de quarta-feira a sábado. No fim da semana, a chapa esquenta um pouco mais, e mergulha madrugada adentro, estourando o pandeiro até 3h30 ou 4h. Não à toa, tem a fama de ser o "after" da noite, mas sempre vale conferir na página do botequim no Instagram. Uma observação importante para todo rolê, e que também se aplica ao Vaca: tem que ficar de olho na carteira, celular, bolsos e bolsas. Já houve relatos de furto.

Avenida Gomes Freire 533, Lapa.

Capiberibe 27

O espaço fica no Morro do Pinto, no Santo Cristo, e tem várias atrações no mesmo lugar. A roda de samba é o que se destaca no Capiberibe 27, mas também tem pista de charme, duas varandas com bar e uma espécie de quintalzinho com cadeira de praia para relaxar enquanto toma um drinque. Para forrar o estômago, a pedida são os quitutes preparados pelos moradores.

Rua Capiberibe 27. Sex, das 19h à 1h. Dom, das 17h à 1h.

Samba do Trabalhador

Todas as segundas-feiras, às 18h, a roda de samba do Clube Renascença, no Andaraí, na Zona Norte do Rio, fica lotada. Pelo nome, já se tem uma dica de como funciona: começa no pós-expediente, e acaba cedo, para dar tempo de todo mundo chegar em casa em horário minimamente digno para trabalhar no dia seguinte. O samba já tem mais de 20 anos e é um tradicional reduto do gênero carioca.

Rua Barão de São Francisco 54, Andaraí. Toda segunda-feira, com abertura da bilheteria por volta das 16h30.

Forró

Clube dos Democráticos

Toda sexta-feira tem forró no Clube dos Democráticos, na Lapa. O salão fica cheio, mas com espaço suficiente para dançar. Cada semana é uma atração diferente, e cada banda representa o melhor do pé-de-serra do Sudeste. Tem gente de todas as idades, de dentro e fora do Rio, para colocar a alma para mexer. Os valores dos ingressos são divulgados na página do Democráticos no Instagram.

Rua Riachuelo 91-93, Lapa.

Praça São Salvador

O forró da praça São Salvador, em Laranjeiras, é colaborativo, ou seja, é de graça, mas você contribui com o valor que puder e seu coração mandar. O som começa toda sexta-feira, a partir das 18h, com aulão às 18h30 e bandas até 22h.

Praça São Salvador, Laranjeiras. Sex, às 18h.