RJ em Foco
Domínio do CV no Morro dos Macacos reduz roubos de veículos na Grande Tijuca
Além de Vila Isabel, onde fica a favela, a retração se espalhou para outros bairros da região, como Maracanã e Andaraí
O arrefecimento da disputa entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP) pelo controle do Morro dos Macacos, em Vila Isabel — cujo ápice foi em 2024 —, é apontado por policiais como o principal fator para a queda nos registros de roubo de veículos no bairro. No primeiro semestre deste ano, Vila Isabel registrou uma redução de 43% nesses crimes, passando de 62 ocorrências para 35 em relação ao mesmo período de 2024. Em toda a cidade do Rio, a queda foi de 15% no número de roubos de veículos, caindo de 7.818 para 6.600 registros nos seis primeiros meses de 2025.
O movimento de retração se espalhou também por outros bairros da Grande Tijuca, como Maracanã, que apresentou uma queda de 70% (de 105 para 31 ocorrências), e Andaraí, com redução de 64% (de 59 para 21 casos).
CLIQUE AQUI E VEJA NO MAPA DO CRIME DO RIO COMO SÃO OS ROUBOS NO SEU BAIRRO
Enquanto isso, em Niterói, os roubos voltaram a crescer em 2025, após cinco anos de queda.
Para responder dúvidas como quais são os bairros mais perigosos do Rio e de Niterói, onde os roubos avançaram e qual é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança, o jornal O GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa que monitora roubos com dados inéditos por bairro.
Após o lançamento da primeira edição em 2024, agora a plataforma chega à segunda edição, com dados do primeiro semestre de 2025, abrangendo quatro tipos de crimes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros do Rio e 51 de Niterói.
A ferramenta foi criada a partir de microdados obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão divulga mensalmente estatísticas divididas por áreas de batalhões e delegacias, que normalmente abrangem vários bairros. Para entender as dinâmicas criminais locais, O GLOBO solicitou dados mais precisos e recebeu informações detalhadas sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, o que representa um avanço inédito no detalhamento dos indicadores criminais no Rio.
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