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Nova concessionária de trens que substituirá a SuperVia será escolhida em leilão no dia 27 de janeiro
Contrato terá duração de cinco anos, com possibilidade de prorrogação. Operadora será remunerada pelo governo estadual por quilômetro percorrido.
Um leilão judicial, previsto para o dia 27 de janeiro, definirá o novo operador do sistema de trens urbanos que substituirá a SuperVia, atual responsável pelas composições que ligam o Rio de Janeiro a outros 11 municípios da Região Metropolitana. Nesta terça-feira, o governador Cláudio Castro anunciou que a Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) finalizaram o edital, que será divulgado pela Justiça, contendo as regras para a escolha da nova permissionária da concessão.
O novo contrato será uma permissão, conforme modelo estabelecido pela Procuradoria-Geral do Estado. O operador assumirá a gestão do sistema por cinco anos, com possibilidade de renovação por igual período. A remuneração da empresa passará a ser realizada por quilômetro rodado, e não mais pela quantidade de passageiros transportados. O modelo se assemelha ao já adotado nas barcas, em que a operadora recebe pelo número de milhas náuticas percorridas, enquanto o Estado permanece com a arrecadação das passagens. Dessa forma, o governo ganha maior previsibilidade no controle das tarifas e reduz a necessidade de pedidos de reequilíbrio contratual decorrentes de queda de demanda.
— Este é um marco histórico que dará início ao processo de modernização do transporte por trens na Região Metropolitana do Rio. Desde o início do meu governo, decidi mudar o operador diante da má qualidade dos serviços prestados. Era necessário encerrar essa concessão obsoleta, e houve grande empenho jurídico e operacional para garantir uma transição sem prejuízo à população. A solução para o problema dos trens integra um trabalho mais amplo deste governo, como a retomada da Estação Gávea e a nova gestão das barcas — afirmou o governador Cláudio Castro.
Outra novidade é a criação da Unidade Produtiva Isolada Ferroviária (U.P.I Ferroviária), modelo de gestão que permite ao novo operador não assumir obrigações relativas ao passivo da atual concessionária. Assim, a nova empresa assumirá o sistema sem a responsabilidade sobre dívidas e processos judiciais da SuperVia. O acordo integra o aditivo ao plano de recuperação judicial da atual concessionária, homologado pela 6ª Vara Empresarial da Capital.
Em setembro, o governo estadual chegou a anunciar que a SuperVia operaria apenas até novembro. Posteriormente, um novo acordo estendeu o prazo para 16 de março de 2025. Agora, a expectativa é de que a nova concessionária inicie as operações a partir de abril, já que o prazo anterior dificilmente será cumprido em função da data do leilão para escolha da nova operadora.
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