O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência do ex-deputado estadual TH Jóias para um presídio federal. A informação é do portal g1. Atualmente, ele está custodiado no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. TH Jóias foi preso pela Polícia Federal em setembro deste ano, durante a Operação Zargun.

TH Jóias é acusado de tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e negociação de armas para o Comando Vermelho. Segundo as investigações, ele utilizava o mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para favorecer o crime organizado. O ex-deputado teria intermediado a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão, além de indicar a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão — apontado como traficante e também preso —, para um cargo parlamentar.

Operação Unha e Carne 2: Nesta terça-feira, a Polícia Federal prendeu o desembargador Macário Júdice Neto, relator do caso TH Jóias no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), na segunda fase da Operação Unha e Carne. A ação investiga a atuação de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas sobre operações policiais. Na primeira fase da operação, foi preso o presidente afastado da Alerj, deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil), que também foi alvo de buscas nesta terça-feira.

Prisão de Bacellar: Rodrigo Bacellar foi preso no último dia 3, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. A primeira fase da Operação Unha e Carne também investigou o envolvimento de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas da investigação que resultou na prisão de TH Jóias.

Segundo Moraes, há "fortes indícios" da participação de Bacellar em organização criminosa. Relatório da Polícia Federal aponta que o presidente afastado da Alerj é suspeito de ter vazado informações da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que prendeu TH Jóias por ligação com o Comando Vermelho.

O envolvimento de Bacellar foi identificado após análise do material apreendido na operação. Trocas de mensagens entre Bacellar e TH Jóias constam como provas do possível vazamento.

A decisão de Moraes destaca ainda que "Bacellar (...) teve conhecimento prévio da operação policial, comunicou-se com Thiego – principal alvo da ação – e ainda o orientou quanto à retirada de objetos de interesse investigativo".