A região central do Rio de Janeiro foi a única da cidade em que nenhum bairro registrou aumento nos casos de roubo de veículos no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. O levantamento foi realizado a partir do Mapa do Crime, ferramenta interativa do GLOBO que chega à sua segunda edição nesta semana.

Percentualmente, os bairros da Gamboa — que manteve um caso nos seis primeiros meses de 2025 — e Paquetá, sem registros do delito, repetiram os números do primeiro semestre do ano anterior.

Os demais bairros apresentaram redução no indicador. Lapa e Saúde, que haviam registrado um e dois casos, respectivamente, no primeiro semestre de 2024, tiveram queda de 100% no mesmo período deste ano, a maior redução percentual entre as regiões analisadas.

Confira o número de roubos de veículos registrados nos bairros da região central do município de janeiro a junho de 2025:

Centro: 35 casos (redução de 14,6% em relação ao mesmo período de 2024)

Rio Comprido: 28 casos (redução de 40,4%)

Estácio: 17 casos (redução de 32%)

Santa Teresa: 14 casos (redução de 26,3%)

Cidade Nova: 12 casos (redução de 50%)

Santo Cristo: 11 casos (redução de 8,3%)

Gamboa: 1 caso (mesmo número do primeiro semestre de 2024)

Catumbi: 1 caso (redução de 88,9%)

Paquetá: 0 casos (também sem registros no primeiro semestre de 2024)

Lapa: 0 casos (houve um caso no período anterior)

Saúde: 0 casos (houve dois casos no período anterior)

O que é o Mapa do Crime?

Quais são os bairros mais perigosos do Rio e de Niterói? Onde os roubos avançaram? Qual o horário menos seguro para circular pela vizinhança? Para responder a essas questões e compreender a dinâmica da violência urbana, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa que monitora roubos com dados inéditos por bairros.

Após o lançamento da primeira edição, que trouxe dados de 2024 referentes à cidade do Rio, a plataforma chega agora à segunda edição, com informações do primeiro semestre de 2025 sobre quatro tipos de crimes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros da capital fluminense, além de 51 bairros de Niterói.

A ferramenta foi produzida com microdados obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável pelas estatísticas de segurança do estado, divulga mensalmente indicadores por áreas de batalhões e delegacias, que abrangem diversos bairros. Para entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados detalhados sobre a localização dos crimes e recebeu informações referentes aos bairros onde cada ocorrência foi registrada, a menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais do Rio são divulgados com esse grau de detalhamento.