O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (17), o projeto de resolução que institui, no âmbito da Casa, o Prêmio Mulheres que Movem o Brasil – Empreendedorismo Feminino. O objetivo da iniciativa (PRS 60/2025) é homenagear, todos os anos, mulheres brasileiras que se destacam no meio empresarial ou na área do empreendedorismo.

A proposta é de autoria da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) e recebeu parecer favorável da senadora Leila Barros (PDT-DF).

“A proposição revela-se oportuna. Ao reconhecer o papel das mulheres no empreendedorismo nacional, a matéria está alinhada aos desafios contemporâneos do desenvolvimento econômico e social brasileiro. O fortalecimento do empreendedorismo feminino constitui vetor relevante de crescimento econômico, inovação e geração de empregos, além de instrumento eficaz para a redução das desigualdades de gênero ainda presentes no mercado de trabalho nacional”, destacou Leila Barros.

De acordo com o texto, a Bancada Feminina do Senado definirá, a cada ano, por meio de regulamento próprio, a quantidade de premiadas e as datas para recebimento das indicações e para a entrega da premiação. A cerimônia deverá ocorrer, preferencialmente, no Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro.

Emendas

No parecer, Leila Barros acatou emenda de redação do senador Flávio Arns (PSB-PR), que garante que o número de premiadas anualmente seja de, no mínimo, quatro mulheres.

A relatora também aceitou sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que propôs batizar o prêmio com o nome de sua tia-avó: a engenheira, urbanista e sufragista Carmen Portinho.

“Não por ser minha tia-avó, mas porque ela inspira muitas mulheres. Esteve à frente do seu tempo, fundou a Escola Superior de Desenho Industrial, fundamental no Rio de Janeiro, foi servidora pública municipal e responsável por um dos ícones da habitação social, o Pedregulho, reconhecido internacionalmente. Junto com Bertha Lutz, foi uma das grandes responsáveis pelo movimento feminino e pelo voto feminino no país”, explicou o senador.