A Polícia Federal (PF) pediu nesta quarta-feira, 17, ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais prazo para entregar o resultado da perícia médica sobre o estado de saúde do general Augusto Heleno, preso no Comando Militar do Planalto, em Brasília, para cumprir pena de 21 anos no processo da trama golpista.

Os exames médicos foram realizados na última sexta-feira, 12, mas os peritos solicitaram tempo adicional para analisar documentos apresentados na véspera pela defesa do general.

"Em razão da complexidade dos novos elementos juntados aos autos, solicitou-se a dilação do prazo para a entrega do laudo pericial definitivo até o dia 26 de dezembro de 2025", informou o ofício assinado pelo delegado Fábio Fajngold.

Após ser preso, Augusto Heleno revelou ter sido diagnosticado com Alzheimer em 2018, alegando que descobriu a doença ao investigar episódios de perda de memória. A defesa anexou laudos ao processo e pediu que o general seja colocado em prisão domiciliar.

O diagnóstico, entretanto, não impediu Heleno de assumir o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à prisão domiciliar, levando em conta a idade de Augusto Heleno — atualmente com 78 anos — e os problemas de saúde alegados.

O ministro Alexandre de Moraes determinou a realização da perícia após identificar "informações contraditórias" apresentadas por Heleno e sua defesa.