Política
Diretor-geral da PF critica redução de penas aos condenados pelo 8 de Janeiro
Andrei Rodrigues aponta incoerência do Congresso ao propor flexibilização de punições após defender endurecimento penal
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, criticou nesta quarta-feira (17) a discussão do Projeto de Lei da Dosimetria durante a posse do novo superintendente da corporação no Distrito Federal, Alfredo Junqueira. Ele classificou a proposta como uma incoerência diante do discurso de endurecimento penal defendido no Congresso Nacional.
Segundo Andrei, é fundamental que as autoridades dos Três Poderes alinhem discurso e prática ao tratar de política criminal. Para ele, não há coerência em defender penas mais duras e, ao mesmo tempo, apoiar medidas que flexibilizem punições.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o projeto nesta tarde, e o texto segue agora para apreciação no plenário.
"Nós, autoridades públicas dos Três Poderes, temos que ter coerência entre o discurso e a prática. Não vale pregar mais endurecimento de pena, proibir benefícios constitucionalmente previstos e, na hora da prática, fazer outra coisa, como, por exemplo, propor anistia ou afrouxamento de penas para quem comete crime e crime organizado", afirmou o diretor-geral da PF.
O projeto, já aprovado na Câmara, modifica parâmetros de dosimetria aplicados aos condenados por tentativa de golpe de Estado e pode abrir caminho para a redução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente fixada em 27 anos e três meses de prisão.
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