Política
Governador de SC critica PEC da Segurança e aponta excesso de leis no país
Jorginho Mello defende mais recursos federais aos estados e cobra atuação nas fronteiras durante sessão da CPI no Senado
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), criticou a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, de autoria do governo federal, durante sessão da CPI do Crime Organizado nesta quarta-feira (17). Para ele, o Brasil enfrenta um "excesso de leis" e o governo federal deveria investir mais nos estados ao invés de criar novas normas.
"Acho que a gente tem excesso de PEC, excesso de leis. O governo federal precisa verdadeiramente apoiar os estados com recursos e fazer o que é da obrigação do governo federal, não criar mais dificuldades", afirmou o governador.
Além das críticas à PEC, Mello cobrou maior atuação do governo federal na proteção das fronteiras. "O governo federal precisa cuidar das fronteiras, e cuida muito mal, com todo o respeito, dos aeroportos, dos portos", disse. "Arma não vem do céu, droga não vem do céu; vem por água, vem por aeroportos, vem por fronteiras."
Para o governador, a segurança pública será o principal tema das eleições de 2026. "O tema político do ano que vem, eu não tenho dúvida, vai ser segurança pública. As pessoas estão assustadas, do mais abastado ao mais simples, ao mais modesto. Não dormem, pensam no seu filho indo para escola, como é que vai, como é que não vai, enfim", declarou.
Na semana passada, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também esteve na CPI e foi cobrado pelo relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), sobre ações de combate ao crime organizado nas fronteiras brasileiras.
Lewandowski destacou que a solução para o problema é "dinheiro, dinheiro e mais dinheiro", considerando os recursos atuais para o setor "pífios". "Sem dinheiro não se faz segurança pública", afirmou o ministro.
A oitiva de Jorginho Mello e de sua equipe de segurança pública em Santa Catarina durou pouco mais de uma hora. Durante a sessão, o governador apresentou as principais estratégias do estado para o setor.
"A gente gasta 12% do orçamento do estado com a nossa segurança, e isso tem dado um resultado", ressaltou Mello. Ele citou a atuação integrada, ações de inteligência, apreensão de armas e investimentos em novos presídios como pontos-chave da política estadual de segurança.
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