Política

Seif faz balanço de 2025, critica aumento da violência e projeto da dosimetria

Senador Jorge Seif aponta alta da violência, instabilidade econômica e questiona mudanças em projeto sobre penas dos atos de 8 de janeiro.

16/12/2025
Seif faz balanço de 2025, critica aumento da violência e projeto da dosimetria
Jorge Seif (PL-SC). - Foto: Pedro França/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (16), o senador Jorge Seif (PL-SC) apresentou um balanço do ano de 2025, destacando o aumento da violência e a instabilidade econômica no país. O parlamentar citou a elevação da taxa básica de juros, prejuízos em empresas estatais e irregularidades em benefícios sociais como fatores que, segundo ele, impactaram diretamente a população, especialmente as famílias de baixa renda.

— A violência escalou a níveis insustentáveis, a ponto de colocar o Brasil entre os dez países mais perigosos e inseguros do mundo. Nós vimos a Selic em 15%, mesmo depois da saída do Roberto Campos Neto. E, acima de tudo, prejuízos bilionários nas nossas estatais. Nunca as estatais do Brasil tiveram tanto prejuízo — afirmou.

Seif mencionou o escândalo envolvendo o Banco Master e argumentou que o país vive uma situação de insegurança jurídica, referindo-se à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o senador, a Corte não tem a prerrogativa de julgar temas como aborto, legalização da maconha e marco temporal das terras indígenas. Segundo ele, essas decisões contribuem para um cenário de instabilidade institucional.

Durante o discurso, o senador também criticou o projeto de lei da dosimetria (PL 2.162/2023), que trata da redução das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O parlamentar destacou que o texto foi alterado ao longo da tramitação e afirmou que a proposta não resolve a situação de pessoas presas por participação nas manifestações.

— O PL da dosimetria, que foi originalmente concebido pelo deputado Marcelo Crivella [Republicanos-RJ], foi completamente desconfigurado, destruído pelo relator Paulinho da Força [Solidariedade-SP], que tem mãos ocultas trabalhando pelas mãos dele. Nós sabemos quem são. Na minha opinião, é querer tratar câncer terminal com Melhoral infantil. Não resolve, não pacifica, não anistia as pessoas que nada fizeram, senão participar de uma manifestação que evoluiu para um quebra-quebra, para vandalismo e que, infelizmente, com o consórcio governo federal, da PGR e do Supremo, virou golpe de Estado — declarou.