Política
Flávio critica demora do STF para autorizar cirurgia de Bolsonaro
Senador afirma que lentidão na decisão do ministro Alexandre de Moraes pode agravar estado de saúde do ex-presidente
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou nesta terça-feira, 16, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de colocar em risco a vida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao demorar para autorizar a cirurgia recomendada por médicos.
“Peço que volte o bom senso ao relator desse processo, para que não fique transparecendo que quer matar o Bolsonaro. É um risco de saúde muito grave, e eu peço que ele pare de usar essa jurisprudência”, declarou Flávio após visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
O senador também criticou a postura do Judiciário em relação aos laudos médicos: “Há uma desconfiança até de médicos. Um juiz desconfiado da palavra de um médico, nunca vi isso na vida. Pede uma perícia para ser confirmado.”
Segundo Flávio, a demora na autorização acabou levando à descoberta de duas hérnias nas pernas de Bolsonaro. “Ao fazer o exame de imagem, ele acaba descobrindo que tem, além da hérnia na perna direita, uma também na perna esquerda. Como é uma hérnia, ou seja, um espaço entre os músculos, se o intestino começa a pressionar a parede muscular e sai por esse espaço, pode ocorrer um estrangulamento da alça intestinal, obrigando a uma nova cirurgia, muito mais agressiva”, explicou.
Apesar das preocupações, Flávio relatou que Bolsonaro estava “mais animado” e sem soluços durante a visita desta terça-feira.
O Supremo Tribunal Federal marcou para o dia 17 de dezembro uma perícia médica para avaliar o estado de saúde do ex-presidente. O exame será conduzido por peritos da Polícia Federal no Instituto Nacional de Criminalística. Após a conclusão da perícia, o caso será imediatamente encaminhado para nova análise do relator.
Na segunda-feira, 15, a defesa de Bolsonaro voltou a acionar o STF para pedir autorização para a cirurgia e a conversão da prisão em domiciliar. Os advogados alegam agravamento do quadro clínico e afirmam que exames recentes apontam a necessidade de intervenção cirúrgica, além da impossibilidade de tratamento adequado no regime fechado.
Em decisão recente, o relator do caso afirmou que ainda não há laudo médico oficial que justifique medidas excepcionais. Segundo ele, qualquer deliberação sobre a cirurgia ou mudança no regime de cumprimento da pena dependerá do resultado da perícia médica oficial.
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