Política
Secretário de Saúde de Alagoas é afastado por 180 dias após operação da PF na Sesau
Operação ESTÁGIO IV apura desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e fraudes envolvendo contratos emergenciais e verbas do SUS
O secretário de Estado da Saúde de Alagoas, Gustavo Pontes de Miranda Oliveira, foi afastado do cargo por um período de 180 dias. A informação foi confirmada pelo Governo de Alagoas na manhã desta terça-feira (16), após a deflagração da Operação ESTÁGIO IV, conduzida pela Polícia Federal, que investiga supostos desvios de recursos públicos e crimes de lavagem de dinheiro no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
De acordo com a Polícia Federal, entre os anos de 2023 e 2025, a Sesau teria firmado contratos emergenciais com duas empresas — uma fornecedora de materiais hospitalares e uma construtora — que teriam favorecido investigados. As contratações resultaram, segundo o inquérito, em pagamentos indevidos que se aproximam de R$ 100 milhões, parte deles ainda em execução.
As investigações também apontam para desvios de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de ressarcimentos considerados superdimensionados referentes a consultas e procedimentos médicos que, conforme a apuração, não teriam sido realizados. Apenas nesse eixo da investigação, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 18 milhões. Entre os exemplos citados estão pagamentos irregulares por procedimentos de fisioterapia incompatíveis com a capacidade operacional de uma clínica privada.
Durante o cumprimento dos mandados judiciais, os agentes federais apreenderam quantias expressivas em dinheiro vivo, tanto em moeda nacional quanto estrangeira, além de duas armas de fogo.
Em nota oficial, o Governo de Alagoas informou que o governador Paulo Dantas acatou imediatamente a decisão de afastamento do secretário, ressaltando que a medida tem como objetivo garantir que as investigações ocorram de forma técnica, independente e sem interferências. O Executivo estadual anunciou ainda a criação de uma comissão especial, composta pelo Gabinete Civil, Controladoria-Geral do Estado e Procuradoria-Geral do Estado, para acompanhar e colaborar com os órgãos de investigação.
O governo destacou que os serviços prestados pela Secretaria de Saúde seguem funcionando normalmente e reafirmou compromisso com a transparência, a defesa do SUS e o uso responsável dos recursos públicos, assegurando que o atendimento à população não será prejudicado.
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