Política

Mecias defende anistia e prisão domiciliar para Bolsonaro

Senador argumenta que concessão de anistia e benefício ao ex-presidente pode promover pacificação nacional.

15/12/2025
Mecias defende anistia e prisão domiciliar para Bolsonaro
Waldemir Barreto/Agência Senado - Foto: Em discurso, à tribuna, senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) defendeu a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o parlamentar, o país precisa avançar para um cenário de pacificação.

Mecias lembrou que o Brasil já recorreu à anistia durante a ditadura militar e avaliou que a medida pode contribuir para restabelecer o diálogo entre os Poderes. — Se pessoas que cometeram verdadeiros crimes políticos, assalto a banco e tantos outros, foram anistiados, por que o presidente Bolsonaro e aqueles pais e mães de família do 8 de janeiro não podem ser anistiados? Falam que eles queriam fazer um golpe, mas a arma mais poderosa que eles tinham na mão eram cabos de vassoura. De que forma eles iriam fazer um golpe, iriam decretar um golpe no país? Sob o comando de quem? Era o povo, o próprio povo se manifestando em função da insatisfação com as urnas — afirmou.

Durante o discurso, Mecias também destacou a proximidade do Natal para defender a concessão de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador informou que assinou um pedido com esse objetivo, apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que a iniciativa não tem motivação política, mas decorre da situação de saúde do ex-presidente, atestada por junta médica, que teria indicado a necessidade de nova cirurgia devido às sequelas do atentado sofrido por Bolsonaro em 2018.

— No dia 14 de dezembro examinaram o ex-presidente Bolsonaro e constataram, por meio de um exame de ultrassom, a necessidade de submetê-lo a mais uma cirurgia, para conter os danos causados pela agressão sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, quando aconteceu uma facada dolorosa que dói até hoje em Bolsonaro e no povo brasileiro. Não se pede, portanto, nenhum benefício ou privilégio, apenas o direito de o ex-presidente ser submetido aos cuidados de saúde de que necessita, concluiu.