Adilson Barroso (PL-SP), suplente da deputada Carla Zambelli (PL-SP), toma posse nesta segunda-feira, 15, após a parlamentar renunciar ao mandato em comunicado enviado à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara no domingo, 14. Zambelli está presa na Itália e enfrenta risco de extradição.

A renúncia aconteceu após deputados de oposição rejeitarem a cassação de Zambelli em votação realizada na madrugada da última quinta-feira, 11. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, ainda na quinta, a cassação da deputada e a posse do suplente em até 48 horas. O plenário do STF referendou a decisão na sexta-feira.

Zambelli abriu mão do mandato antes de a Câmara ser obrigada a cumprir a ordem do STF. Após a renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou Barroso para assumir o cargo.

Barroso é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ingressou no PL nas eleições de 2022. Em suas redes sociais, ele se apresenta como "bolsonarista de direita, conservador, patriota, amigo de Bolsonaro, Michele Bolsonaro e Nikolas Ferreira".

Antes disso, Barroso foi presidente do Patriota e articulou, em 2018 e 2021, a vinda de Bolsonaro para o partido. A tentativa fracassou após Barroso ser destituído da presidência da legenda, sendo substituído por Ovasco Resende, que era contrário à articulação.

Barroso já ocupou uma cadeira na Câmara por ser o primeiro suplente do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), licenciado para comandar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Em 2022, Derrite disputou a eleição pelo PL. Com o retorno de Derrite, Barroso voltou à condição de suplente.

Antes de 2022, Barroso atuou politicamente em São Paulo, onde foi vereador de Barrinha por dois mandatos e vice-prefeito do município entre 1997 e 2002. Depois, foi deputado estadual entre 2003 e 2007 e fundou, em 2012, o Partido Ecológico Nacional, que mais tarde se tornou o Patriota.