Política
Padilha celebra melhora em indicadores vacinais: vencendo a batalha contra fake news
Ministro da Saúde ressalta crescimento expressivo da cobertura nos 16 imunizantes do calendário obrigatório do país e enfatiza avanços no combate à dengue e aos efeitos da bronquiolite
O Brasil está conseguindo reverter o cenário de influência de fake news e desinformação sobre vacinas e imunizantes. Em entrevista ao Bom Dia, Ministro desta segunda-feira, 15 de dezembro, o titular da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a retomada da ênfase em campanhas nacionais, parcerias com escolas, a exigência de cadernetas em dia nos programas sociais, a aposta na ciência e a ação com governos estaduais e municipais têm ajudado a mudar o cenário de negacionismo.
“Muita gente acaba acreditando nessas mentiras, mas estamos vencendo essa batalha. Desde 2023, todo ano tem subido a cobertura vacinal. Em todas as 16 vacinas do calendário obrigatório estamos tendo cobertura maior em 2025 do que em 2024”, disse o ministro. Ele explicou que o governo tem atuado inclusive no âmbito da judicialização de algumas situações para evitar a proliferação de desinformações que prejudicam a saúde pública.
“São pessoas espalhando mentiras e, infelizmente, até ganhando dinheiro com isso. O Ministério da Saúde, inclusive com a Advocacia Geral da União, entrou com ação judicial, inclusive do ponto de vista de questionamento de médicos que saíram vendendo cursos, vendendo detox de vacina, espalhando mentiras”, alertou Padilha.
Muita gente acaba acreditando nessas mentiras, mas estamos vencendo essa batalha. Desde 2023, todo ano tem subido a cobertura vacinal. Em todas as 16 vacinas do calendário obrigatório estamos tendo cobertura maior em 2025 do que em 2024”
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
DENGUE — Padilha celebrou a aprovação pela Anvisa da nova vacina contra a dengue, totalmente nacional. “Ganhamos uma segunda arma importante, que é essa nova vacina desenvolvida aqui no Brasil pelo Instituto Butantan, com apoio e financiamento do Ministério da Saúde e financiamento do BNDES. A Anvisa avaliou a vacina e quem tomou, mais de 70% não tiveram sintoma de dengue, mais de 90% não tiveram sinal grave, então é uma grande arma”, celebrou o titular da Saúde.
Ele enfatizou, contudo, que a vacina não exime os governos e a população de tomarem todos os cuidados preventivos para evitar a proliferação do mosquito que causa a doença. “A gente não pode esquecer que mais de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro da casa das pessoas. Se a gente fizer aquele trabalho de prevenção todo dia, a gente consegue reduzir os casos como conseguimos este ano, que tivemos 75% de redução em relação a 2024. A nova vacina vai aumentar a capacidade de controle, mas não vamos deixar de fazer as ações que podemos no dia a dia”.
VACINAÇÃO INFANTIL — Padilha destacou, ainda, outro foco das campanhas: as crianças e adolescentes, e fez um apelo aos pais e responsáveis. “Não neguem aos filhos esse direito. Hoje você tem a caderneta de vacinação no celular, no SUS digital, pega a caderneta da criança, porque tem muito mais vacinas hoje. Ele frisou as facilidades proporcionadas pelos recursos do SUS Digital. “O celular manda mensagem para o pai, para a mãe, indica se está faltando vacina, se está na hora de tomar. Se a pessoa tem dificuldade na unidade básica de saúde, assina um termo de autorização e a criança pode ser vacinada na escola. Só na escola, mais de 1,2 milhão se vacinaram este ano, porque a gente precisa consolidar e fazer essa grande rede de proteção à vida”, assinalou Padilha.
BRONQUIOLITE – Outro assunto abordado pelo ministro foi o início da campanha nacional contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A imunização passou a ser ofertada pelo SUS e é destinada a gestantes a partir da 28ª semana, com foco em prevenir a bronquiolite em recém-nascidos, uma das maiores causas de internação e mortes nessa faixa etária. “A vacina da bronquiolite é muito importante para gestantes no nosso inverno. Estamos vacinando agora, porque é a principal causa de internação de crianças até um ano de idade e a principal causa de óbitos por doenças respiratórias. A vacina está no SUS agora, a partir de dezembro. Se a gestante for na clínica privada, vai pagar R$ 1.500, eu já vi cobrarem R$ 4 mil, e agora está de graça no SUS”, destacou. Padilha convocou as mulheres que se encaixam no público-alvo a procurar a imunização. “Toda gestante que estiver na 28ª semana de gestação, procure a unidade de saúde para se vacinar agora, para quando chegar o inverno, o bebê nascer protegido. A partir da 28ª. Então, se estiver até no último dia de gravidez, tome a vacina que vai proteger não só o bebê quando passa pela placenta, mas no aleitamento materno, já passando anticorpos para o bebê”.
QUEM PARTICIPOU — Participaram do programa desta segunda-feira a Rádio Nacional Brasília, Amazônia e Alto Solimões/EBC; Rádio Bandeirantes (São Paulo/SP); Rádio Verdinha (Fortaleza/CE); Rádio Bandeirantes (Goiânia/GO); Rádio Nova Brasil FM (Brasília/DF); Rádio Itatiaia (Belo Horizonte/MG) e Portal O Dia (Rio de Janeiro).
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