Política

PL avalia nomes para o Senado no RJ após Flávio Bolsonaro ser lançado à Presidência

Com Flávio Bolsonaro na disputa presidencial, deputados federais do PL surgem como opções para a vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro.

11/12/2025
PL avalia nomes para o Senado no RJ após Flávio Bolsonaro ser lançado à Presidência
Flávio Bolsonaro (PL-RJ). - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A entrada de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na corrida pela Presidência da República em 2026 abriu espaço para que outros nomes do PL do Rio de Janeiro se movimentem para a vaga ao Senado. Entre os cotados estão os deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Hélio Lopes (PL-RJ) e Altineu Côrtes (PL-RJ).

Até o anúncio da candidatura presidencial, a reeleição de Flávio ao Senado era considerada certa. Pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada em 3 de dezembro, apontava o senador na liderança, com 27% das intenções de voto. O cenário mudou quando Jair Bolsonaro (PL) escolheu Flávio como seu sucessor na disputa presidencial, decisão anunciada pelo próprio senador.

"É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", publicou Flávio em seu perfil no X (antigo Twitter) no último dia 5.

Com a saída de Flávio da disputa pelo Senado, aliados começaram a se articular para a vaga. Carlos Jordy, ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, foi o primeiro a se manifestar publicamente. Em publicação nesta quinta-feira (11), declarou estar "pronto e à disposição" para o desafio, destacando o propósito maior do grupo: eleger Flávio presidente.

"Fico feliz em ver meu nome sendo cogitado pelo partido para a vaga ao Senado. Deixo claro que o projeto maior é eleger Flávio Bolsonaro presidente do Brasil. Se o meu nome for bom para esse cenário e contribuir com essa missão, estarei pronto e à disposição!", escreveu Jordy em seu Instagram.

Em 2026, duas vagas ao Senado estarão em disputa por Estado. Além da cadeira que seria defendida por Flávio, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) também aparece como possível candidato, tendo empatado com o senador na pesquisa estimulada do Real Time Big Data, ambos com 27%.

Nos bastidores, Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, desponta como nome forte pela ligação direta com Bolsonaro e pelo apoio do segmento evangélico. Altineu Côrtes, vice-presidente da Casa, é visto como candidato competitivo por sua capilaridade política, votos consolidados na região metropolitana e boa interlocução com prefeitos do interior. Já Hélio Lopes, que em 2018 utilizou o nome "Hélio Bolsonaro" nas urnas, também é lembrado internamente como opção.

A definição do PL para o Senado é considerada estratégica dentro do bolsonarismo. O partido busca ampliar sua presença na Casa em um momento de ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam pedidos de impeachment de ministros.

Em resposta aos movimentos do grupo de Bolsonaro, o ministro Gilmar Mendes concedeu liminar restringindo a apresentação de denúncias contra integrantes do tribunal e elevando o quórum para afastamento de ministros a dois terços (54 dos 81 senadores).

A pedido do Senado, Gilmar Mendes recuou parcialmente nesta quarta-feira (10), suspendendo o trecho que reservava exclusivamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) o direito de apresentar denúncias contra ministros do STF, até que o Congresso legisle sobre o tema. A exigência do quórum elevado foi mantida.