Política
Girão aponta possível conflito de interesses de ministros do STF e cobra CPI do Banco Master
Senador Eduardo Girão questiona viagens e decisões de ministros do Supremo e defende investigação sobre relação com o Banco Master.
Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (10), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que decisões adotadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao Banco Master sugerem possível conflito de interesses e precisam ser esclarecidas. Ele mencionou a suposta viagem do ministro Dias Toffoli com um advogado ligado ao Banco Master antes de proferir decisão sobre a instituição financeira investigada. O parlamentar defendeu a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o caso.
— O senador Esperidião Amin [PP-SC] está com a CPI, não numerada ainda, há dois meses aqui no Plenário do Senado. Vamos ver se, antes do recesso, ela é, pelo menos, numerada. É um passo. Eu já pedi [informações] à Comissão de Transparência: quem é que andou nesses jatinhos, quem são os poderosos que andam para cima e para baixo. O Toffoli viajando com o advogado do Banco Master para assistir à final da Libertadores, lá em Lima, e depois dá uma decisão de sigilo máximo... Perderam o pudor — disse.
Girão acrescentou que um episódio envolvendo o ministro Flávio Dino se soma a uma série de abusos que, segundo ele, o STF vem acumulando. O senador citou o julgamento de Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência no governo Jair Bolsonaro, como exemplo de supostas irregularidades na atuação da Corte.
O parlamentar mencionou a retirada do advogado de defesa Jeffrey Chiquini da tribuna durante o julgamento e questionou se Flávio Dino teria adotado o mesmo procedimento caso fosse a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, a ocupar o local.
— Qual teria sido o comportamento de Flávio Dino se na tribuna estivesse a advogada Viviane Barci de Moraes? Será que ele teria o mesmo procedimento? Esposa do ministro Alexandre de Moraes, que tem contrato de R$ 129 milhões para defender o Banco Master. Pagos aí em uma bagatela de milhões por mês. Não se justifica nunca. Está tudo errado. Desde o início, esse processo de Filipe Martins está contaminado por acusações levianas e nunca provadas — declarou.
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