Ao discursar no Plenário nesta terça-feira (2), a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) lamentou os casos recentes de feminicídio registrados no país. Segundo a parlamentar, o Brasil precisa enfrentar esse tipo de crime de maneira séria e urgente.

Entre os episódios citados, Dorinha destacou o assassinato de Rosilene Barbosa, 38 anos, morta a tiros pelo ex-marido em Rio Verde (GO); Tatiana Correia dos Santos, também de 38 anos, esfaqueada pelo ex-companheiro em Cordeirópolis (SP); e Jane Oliveira, 47 anos, morta a facadas pelo ex-marido em Valparaíso (GO).

A senadora também mencionou o caso de Tainara Souza Santos, 31 anos, atropelada e arrastada por um carro em São Paulo. Ela passou por cirurgia, teve as pernas amputadas e permanece internada em estado grave.

“Eu quero falar de respeito. Não queremos favores. Queremos respeito e que o Brasil enfrente de verdade o feminicídio”, afirmou Dorinha.

De acordo com a senadora, 97% dos feminicídios são cometidos por homens que veem a mulher como sua “propriedade”. Ela ressaltou que, a cada 10 casos, oito são praticados por companheiros ou ex-companheiros, e muitos deles acontecem dentro da casa da vítima.

Dorinha defendeu que, para mudar esse cenário de violência, é fundamental investir em educação, punição e proteção às mulheres.

“A mulher que se separa, quer ser independente ou sai de casa não comete crime. Mas há quem mate por isso. É preciso denunciar, proteger e, ao mesmo tempo, punir. Nenhuma morte a mais!”, cobrou a senadora.