A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro detalhou, na tarde desta quinta-feira (25), o estado de saúde do paciente após a cirurgia realizada no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento, que teve duração aproximada de três horas e meia, transcorreu sem intercorrências. Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, Bolsonaro já está acordado e encontra-se no quarto.

A previsão inicial é de cinco a sete dias de recuperação no hospital. O médico afirmou ainda que a possibilidade de Bolsonaro deixar a custódia da Polícia Federal será avaliada posteriormente.

O cardiologista Brasil Ramos Caiado esclareceu que não foi realizado, neste momento, o procedimento para redução dos episódios de soluço do ex-presidente, podendo este ser considerado na próxima segunda-feira.

— Optamos, por precaução, por observar os próximos dias para avaliar a necessidade desse procedimento (relacionado aos soluços) — explicou, ressaltando que o sintoma é uma preocupação constante da equipe médica e do próprio Bolsonaro.

Autorização do STF

Bolsonaro foi internado na quarta-feira para exames e preparo pré-operatório, antes da cirurgia de correção de uma hérnia inguinal bilateral. A internação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após perícia da Polícia Federal confirmar a necessidade do procedimento. A expectativa é de permanência hospitalar entre cinco e sete dias.

A cirurgia, considerada eletiva, foi indicada para evitar agravamento do quadro e possíveis complicações. Realizada sob anestesia geral, teve como objetivo reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, onde há enfraquecimento da parede abdominal.

Além da correção da hérnia, a equipe avalia a possibilidade de um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento que pode ser indicado para tratar as crises de soluço persistentes apresentadas por Bolsonaro nos últimos meses. O momento mais adequado para essa intervenção ainda será definido.

No pós-operatório, Bolsonaro permanecerá sob monitoramento contínuo, com controle rigoroso da dor, sessões de fisioterapia para mobilização precoce e cuidados para prevenir complicações, como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.

Durante a internação, o ex-presidente está acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os filhos, Flávio e Carlos, visitaram o hospital mais cedo.