Poder e Governo
Mercosul cria comissão para combater crime organizado transnacional
Grupo reunirá representantes de órgãos de segurança dos países membros
O Mercosul anunciou a criação de uma comissão destinada a fortalecer o combate ao crime organizado transnacional. O comunicado foi feito pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, durante a cúpula do bloco, realizada neste sábado em Foz do Iguaçu (PR). A nova comissão reunirá representantes de diversos órgãos de segurança dos países integrantes.
“Estamos convencidos de que daremos um salto qualitativo em nossa segurança pública, que será sentido no dia a dia dos nossos cidadãos”, afirmou Vieira durante o encontro.
O grupo será composto por representantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, do Interior, membros do Ministério Público, forças policiais, além de especialistas em lavagem de dinheiro e recuperação de ativos.
Segundo Vieira, a iniciativa integra a estratégia do Mercosul de enfrentamento ao crime organizado transnacional, contexto marcado pela expansão de facções no continente e pela pressão dos Estados Unidos sobre a Venezuela, sob o argumento do combate ao narcotráfico. No governo Lula, a pauta da segurança pública ganhou destaque diante do avanço territorial e da sofisticação das organizações criminosas.
“Esse plano norteará o trabalho das autoridades competentes na prevenção, investigação e repressão ao crime organizado transnacional, com base em ações de inteligência e nas sinergias existentes entre nossos países”, completou o chanceler.
A cúpula em Foz do Iguaçu marca o encerramento da presidência temporária do bloco exercida pelo Brasil. Havia expectativa de que o encontro selasse o acordo com a União Europeia, mas a resistência de países europeus, especialmente Itália e França, adiou a assinatura, que pode ficar para janeiro.
Além do presidente Lula, participam da reunião os presidentes da Argentina, Javier Milei; Paraguai, Santiago Peña; e Uruguai, Yamandú Orsi. O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, está representado pelo chanceler. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, também comparece ao evento, representando o país que se associou ao bloco no ano passado.
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