O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja submetido a uma cirurgia. A defesa do ex-presidente deverá informar a data pretendida para o procedimento.

Na mesma decisão, Moraes negou o pedido dos advogados para transferência de Bolsonaro para prisão domiciliar.

Mais cedo, uma perícia da Polícia Federal (PF) concluiu que Bolsonaro necessita de cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Entretanto, como a PF afirmou que o procedimento deve ser realizado "em caráter eletivo", Moraes considerou que não há urgência, determinando que os advogados indiquem a data desejada.

"Caso haja a opção pela cirurgia por parte do réu, a mesma não será em caráter urgente, mas sim em caráter eletivo, ou seja, agendada, conforme o laudo nº 2924/2025; devendo a Defesa, portanto, apontar a programação pretendida", argumentou o ministro.

'Plenas condições'

Para Moraes, Bolsonaro "mantém plenas condições de tratamento de saúde na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal", onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão imposta pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

"O réu está custodiado em local de absoluta proximidade com o hospital particular onde realiza atendimentos emergenciais de saúde, mais próximo, inclusive, do que o seu endereço residencial – de modo que não há qualquer prejuízo em caso de eventual necessidade de deslocamento de emergência", escreveu o ministro.