Um assessor do PL afirmou, em conversas descobertas pela Polícia Federal (PF), que o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) estaria realizando pagamentos "por fora" referentes a contratos de aluguel de veículos. O diálogo serviu de base para a operação deflagrada nesta sexta-feira, que teve Sóstenes e o também deputado Carlos Jordy (PL-RJ) como alvos, ambos suspeitos de desvio de cota parlamentar.

Segundo a PF, foram analisadas conversas entre Adailton Oliveira Santos, integrante da liderança do PL comandada por Sóstenes, e Itamar de Souza Santana, que atua no gabinete de Jordy. Os dois discutiam contratos de locação de carros.

"Entre os dias 27/02/2024 e 13/03/2024, a dupla volta a discutir o novo contrato de locação. Adailton sugere o valor de R$ 2.200,00 e indica que Sóstenes continuaria 'pagando por fora'", destaca a PF.

Em outro momento, Santana também mencionou que o "deputado" faria pagamentos extras: "Segunda-feira o deputado vai vir segunda, aí eu vou ver com ele pra pagar o outro por fora, tá bom?", disse.

De acordo com a corporação, há ainda indícios consistentes de que um carro alugado por Sóstenes no Rio de Janeiro estaria sendo utilizado, na verdade, por sua filha.

"No diálogo mantido com o deputado federal Sóstenes Cavalcante, foram identificadas informações relevantes relativas a contratos de locação de veículos, com indícios consistentes de que o automóvel alugado no Rio de Janeiro estaria sendo utilizado por sua filha", aponta a representação da PF.