Poder e Governo

PF investiga ex-número 2 da Previdência Social por suposto recebimento de propina de R$ 50 mil

Adroaldo Portal foi exonerado nesta quinta-feira após ser alvo da Operação Sem Desconto. Ele já atuou no gabinete do senador Weverton Rocha, também investigado pela polícia.

Agência O Globo - 18/12/2025
PF investiga ex-número 2 da Previdência Social por suposto recebimento de propina de R$ 50 mil
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

A Polícia Federal investiga o ex-secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, suspeito de ter recebido propina de R$ 50 mil em um esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo desvios de aposentadorias e pensões. Adroaldo foi exonerado do cargo nesta quinta-feira, após ser alvo de mandado de prisão domiciliar durante a Operação Sem Desconto, realizada pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).

De acordo com a investigação, em abril deste ano, a PF apreendeu na residência de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", um disco rígido contendo diversas planilhas que detalhavam a movimentação financeira de associações e empresas ligadas a Antônio. Entre os registros, havia pagamentos a pessoas físicas e jurídicas, incluindo um lançamento de R$ 50 mil para "ADRO".

O inquérito aponta que Adroaldo atuou como assessor do senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, entre 2019 e 2023. Posteriormente, assumiu o cargo de Secretário do Regime Geral de Previdência Social no ministério.

Weverton Rocha também foi alvo de mandado de busca e apreensão na operação desta quinta-feira. Segundo a PF, em documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador teria se beneficiado dos recursos desviados do INSS e o enriquecimento de "Careca do INSS" teria contado com suporte político.

Desde junho de 2023, Eduardo Portal, filho de Adroaldo, ocupa o cargo de ajudante parlamentar intermediário no gabinete do senador. Ainda conforme a PF, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas envolvendo Adroaldo, seu filho e uma servidora do Ministério da Previdência.