Poder e Governo
Lula cita governadores como possíveis adversários em 2026 e pede análise de políticas sociais
Presidente menciona Tarcísio, Ratinho, Zema e Caiado como potenciais concorrentes e determina estudo sobre ações sociais em seus estados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, durante reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (26), os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Junior (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás) como possíveis adversários na disputa presidencial de 2026. Lula afirmou ter determinado a realização de estudos sobre os programas sociais implementados por esses gestores estaduais.
“Eu já mandei fazer um estudo das políticas sociais dos nossos possíveis adversários. Do Tarcísio, do Zema, do Caiado, do Ratinho... Das políticas sociais que eles fizeram nos estados. Sinceramente, perto de nós, eles não fizeram nada”, declarou Lula.
Mais cedo, na abertura da reunião, o presidente enviou um recado ao Centrão, ressaltando que os partidos deverão se posicionar nas eleições de 2026.
Atualmente, a Esplanada dos Ministérios conta com 39 ministros indicados por dez partidos, incluindo o PT. Entre eles, há siglas do Centrão que ainda não definiram apoio a Lula, como o PSD de Gilberto Kassab, o Republicanos — partido de Tarcísio de Freitas — e o MDB. O União Brasil, de Antônio Rueda, deixou o governo, mas mantém influência por meio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que atua nas áreas de Telecomunicações e Integração Nacional.
“Ano que vem é o ano em que a gente tem a oportunidade, não só porque estaremos em disputa, mas porque cada ministro, cada partido que vocês participam, vai ter que estar no processo eleitoral e vai ter que se definir de que lado está. Será inexorável as pessoas terem que definir o discurso que vão fazer. Eles vão ter que defender aquilo que eles acham que podem elegê-los. E acho que temos uma força extraordinária”, afirmou Lula aos ministros.
O presidente também defendeu os investimentos dos bancos públicos, destacando que “há décadas eles não tinham a capacidade de investimento que estão fazendo agora”.
Lula reforçou que 2026 será o “ano da verdade” e pretende comparar os indicadores de sua gestão com os do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“É importante que a gente tenha noção que nós precisamos fazer com que o povo saiba o que aconteceu neste país (durante o governo de Bolsonaro). Tenho a impressão que o povo ainda não sabe, que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram neste país”, ressaltou Lula.
No discurso, ele também destacou realizações de seu governo, como a redução do desemprego e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. No entanto, reconheceu que os resultados positivos ainda não se refletem nas pesquisas de opinião pública, atribuindo isso à polarização política.
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