Poder e Governo
Bolsonaro passa por exames para avaliar necessidade de cirurgia durante prisão
Ex-presidente está preso desde 22 de novembro, condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta quarta-feira a exames médicos realizados pela Polícia Federal na unidade onde está preso. O objetivo é avaliar a necessidade de uma cirurgia, conforme alegado pela defesa de Bolsonaro. Além de analisar exames anteriores, os peritos também examinarão presencialmente o ex-presidente.
Segundo a defesa, Bolsonaro apresenta uma hérnia inguinal, condição em que parte do intestino ou tecido abdominal se projeta por um ponto fraco na parede muscular. Na última segunda-feira, os advogados reforçaram ao STF o pedido de cirurgia com "máxima urgência" para correção da hérnia, além de reiterarem a solicitação de prisão domiciliar.
O novo pedido foi acompanhado do resultado de uma ultrassonografia realizada nas dependências da Superintendência da PF em Brasília, onde Bolsonaro cumpre pena.
No dia 12, o ministro Moraes autorizou a realização do exame de ultrassonografia, que foi feito em 14 de dezembro e teve o laudo anexado ao processo no dia seguinte.
Agora, os documentos serão encaminhados aos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, responsáveis pela avaliação definitiva, prevista para o dia 17. Após a entrega do laudo, Moraes prometeu concluir imediatamente a análise para decidir sobre eventuais medidas.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro. Na ocasião, Moraes determinou a prisão preventiva do ex-presidente após tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda para danificar o equipamento, justificando a ação como resultado de uma "alucinação" e "certa paranoia" de que o aparelho conteria escuta.
Dias depois, o ministro determinou o trânsito em julgado da ação, impossibilitando novos recursos e determinando o início do cumprimento da pena. O STF definiu que Bolsonaro permaneça na Superintendência da PF em Brasília para cumprir a pena de 27 anos e três meses, imposta pela tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral em 2022.
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