Economia

Bolsas de NY fecham em queda com receio de desaceleração nos EUA após payroll fraco

05/09/2025
Bolsas de NY fecham em queda com receio de desaceleração nos EUA após payroll fraco
- Foto: Reprodução / Internet

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, 5, apesar da criação abaixo da esperada de empregos nos EUA em agosto ter reforçado as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará os juros nas próximas reuniões deste ano. O apetite por risco foi mitigado por temores de uma desaceleração econômica no país com o esfriamento do mercado de trabalho.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,48%, aos 45.400,86 pontos (-0,31% na semana). O S&P 500 encerrou o pregão com baixa de 0,32%, nos 6.481,50 pontos (+0,32% na semana), enquanto o Nasdaq perdeu 0,03%, em 21.700,39 pontos (+1,14% na semana).

As bolsas de NY abriram em alta modesta nesta sexta, mas apagaram ganhos e passaram a registrar perdas conforme investidores ponderaram os dados desta manhã. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, alertou que a situação econômica atual dos EUA, com aumento de preços e redução na criação de empregos, "está nos empurrando em uma direção estagflacionária".

As ações dos bancos caíram em bloco, com o setor financeiro (-1,84%) puxando boa parte das perdas dentre os setores do S&P 500. O Morgan Stanley cedeu 1,59%, o Citi recuou 1,70%, JPMorgan perdeu 3,11% e o Goldman Sachs teve baixa de 1,43%.

O ING agora avalia que um corte de 50 pontos-base (pb) este mês é possível pelo BC americano, embora esse não seja o cenário-base do banco holandês, que projeta cortes de 25 pb em setembro, outubro e dezembro.

Ao fim do dia, o mercado cravava como certo (100% de chance) o início da flexibilização monetária em setembro pela instituição, segundo ferramenta do CME Group.

O setor de energia (-2,05%) também contribuiu para a pressão das bolsas nesta sexta, em meio à queda do petróleo. Chevron e ExxonMobil cederam 2,56% e 2,80%, respectivamente.

A ação da Kenvue, que já foi uma divisão da Johnson & Johnson, despencou 9,18% após reportagem do The Wall Street Journal revelar que o secretário de Saúde americano, Robert F. Kennedy Jr., divulgará um relatório que traça conexão entre o uso do medicamento Tylenol durante a gravidez com casos de autismo.

Na ponta positiva, a Broadcom saltou quase 10% ao informar resultados do terceiro trimestre fiscal acima das expectativas na quinta-feira.

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