Esportes
STJD rejeita recurso do Guarani e confirma queda do CSA à Série D
Decisão unânime da Justiça Desportiva mantém vitória do Anápolis e sela rebaixamento do Azulão após dez anos

A última esperança do CSA em permanecer na Série C se esgotou nesta sexta-feira (5). O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou o recurso do Guarani, que pedia a anulação da partida contra o Anápolis, encerrada em 2 a 0 para os goianos. O clube alagoano havia ingressado no processo como terceiro interessado, já que uma eventual anulação poderia alterar a tabela e evitar o rebaixamento.
O Guarani alegava que o Anápolis atuou por alguns minutos com 12 jogadores em campo. A denúncia, no entanto, não foi acatada. Por unanimidade, o STJD manteve o resultado da partida e a classificação final da primeira fase da Série C. Com isso, o Azulão volta à Série D depois de dez temporadas seguidas disputando divisões superiores do futebol brasileiro.
Entenda o caso
A irregularidade apontada ocorreu aos 25 minutos do segundo tempo. Segundo o Guarani, o atacante João Celeri permaneceu em campo após a entrada de Igor Cássio, configurando a presença de 12 atletas. O árbitro Marcello Ruda Neves só registrou a substituição um minuto depois, aplicando cartão amarelo a Celeri. Naquele momento, o Anápolis já vencia por 2 a 0 – placar que se manteve até o apito final.
O departamento jurídico do Guarani pediu a anulação do jogo com base no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Caso a denúncia fosse aceita, o Anápolis poderia perder os pontos ou disputar novamente a partida, o que abriria chance de rebaixamento do time goiano no lugar do CSA.
Crise em campo e nos bastidores
O descenso encerra uma temporada turbulenta do Azulão. Após eliminação precoce no Campeonato Alagoano, o clube conseguiu bons resultados na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste, mas perdeu força ao longo do ano. A derrota para o Confiança, no Rei Pelé, que tirou a equipe de uma final inédita do Nordestão, simbolizou a queda de rendimento.
Além disso, decisões questionadas – como a demissão e posterior retorno do técnico Higo Magalhães em menos de três semanas – evidenciaram a falta de estabilidade. O rebaixamento se confirmou no último sábado (30), diante do Brusque.
Fora de campo, o cenário também foi de instabilidade. O Conselho Deliberativo afastou a diretoria executiva, acusando-a de gestão temerária, enquanto a presidente Mírian Monte anunciou renúncia na última terça-feira (2). A direção do clube está, de forma interina, sob comando de Clauwerney Ferreira, presidente do Conselho. Novas eleições devem ocorrer em até dois meses.
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