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Países prometem tropas como garantia de segurança à Ucrânia

Líderes de vários países conversaram sobre conflito em Kiev

Redação ANSA 04/09/2025
Países prometem tropas como garantia de segurança à Ucrânia
Líderes de dezenas de países conversaram sobre conflito em Kiev na chamada 'Coalizão dos Dispostos ' - Foto: © ANSA/AFP

Os líderes de dezenas de países, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e vários da Europa, se reuniram nesta quinta-feira (4) com Volodymyr Zelensky, mandatário ucraniano, para discutir a guerra contra a Rússia, principalmente os passos que poderão ser dados em um eventual período de pós-conflito.


A cúpula da chamada "Coalizão dos Dispostos" foi realizada em Paris, mas diversos líderes participaram remotamente das conversas. Emmanuel Macron, chefe de Estado francês e anfitrião do episódio, destacou que pelo menos 26 nações "se comprometeram a mobilizar tropas na Ucrânia ou a estar presentes por terra, mar ou ar para fornecer segurança".

"Acredito que hoje, pela primeira vez em muito tempo, alcançamos o primeiro passo concreto. As garantias de segurança não são apenas para o futuro, mas também para o presente. A coalizão também é muito ativa no campo militar, tanto que medidas concretas já foram tomadas", disse Zelensky.

O mandatário de Kiev destacou que os mais de 30 países participantes do encontro estão unidos para finalizar o conflito no leste europeu com uma "paz confiável" e "segurança a longo prazo". O político ainda reforçou a necessidade de "aumentar o apoio" e a "pressão" sobre Moscou.

"Compartilhamos a mesma opinião de que a Rússia está envidando todos os esforços para prolongar o processo de negociação e a guerra. Os preparativos para o 19º pacote de sanções da União Europeia estão em andamento e o Japão também trabalha em sanções. Gostaria de expressar um agradecimento especial a Trump por todos os seus esforços para encerrar esta guerra", afirmou Zelensky.

O ucraniano também acusou seu homólogo russo, Vladimir Putin, de "não estar disposto a restaurar a paz", além de indicar que a pressão da comunidade internacional "está funcionando". O líder de Kiev ainda avaliou que a "economia russa está enfrentando problemas crescentes".

Em uma coletiva de imprensa, Macron, por sua vez, destacou que os americanos "foram muito claros" sobre sua participação nas garantias de segurança e mencionou que o "problema" é a Rússia e sua "guerra de agressão".

Entre as conclusões da cúpula de Paris de hoje, o Reino Unido, através de seu primeiro-ministro, Keir Starmer, firmou um compromisso de fornecer "mísseis de longo alcance" aos ucranianos.

"Os europeus estão dispostos a dar uma contribuição decisiva para fortes garantias de segurança para a Ucrânia após uma solução negociada. A Alemanha decidirá sobre a intervenção militar oportunamente, assim que as condições gerais forem esclarecidas", informou o governo de Berlim.

Em sua participação, Trump expressou sua frustração com os países da UE por continuarem comprando petróleo russo, pois estão auxiliando Moscou a financiar sua guerra, informou Zelensky. De acordo com o magnata, a Rússia recebeu 1,1 bilhão de euros do bloco em vendas de combustível em um ano.

Já o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, mencionou que seu homólogo americano declarou que "devemos agir juntos na política de sanções e buscar maneiras de deter a máquina de guerra da Rússia por meios econômicos".