Geral
Mortes em terremoto no Afeganistão passam de 2,2 mil
País enfrenta dificuldades para recuperar corpos em escombros

Subiu para mais de 2,2 mil o número de mortos no terremoto de magnitude de 6.0 na escala Richter que atingiu o leste do Afeganistão no último domingo (31).
O balanço mais recente, divulgado pelo governo talibã nesta quinta-feira (4), também contabiliza quase 4 mil feridos.
Apenas a província montanhosa de Kunar, na fronteira com o Paquistão, contabiliza 2.205 óbitos, enquanto a vizinha Nangarhar, que registou o epicentro do abalo sísmico, soma 12 mortes.
"Os esforços de resgate ainda estão em curso", disse no X Hamdullah Fitrat, porta-voz adjunto do governo afegão, indicando que o número de vítimas ainda está destinado a aumentar.
"Centenas de corpos foram recuperados de casas destruídas", salientou. As buscas, no entanto, são atrapalhadas pelas dificuldades de acesso em uma das regiões mais remotas de um país com graves carências de infraestrutura e fragilizado por décadas de conflitos.
O chefe da agência da ONU para refugiados (Acnur), Filippo Grandi, estimou que o terremoto tenha afetado mais de 500 mil pessoas no leste do Afeganistão, que voltou a ser governado pelo grupo fundamentalista Talibã em 2021, após duas décadas de uma fracassada intervenção dos Estados Unidos e aliados ocidentais.
O país está situado em uma zona de intensa atividade sísmica, sobretudo na cordilheira de Hindu Kush, na fronteira com o Paquistão, onde as placas tectônicas indiana e euroasiática se encontram.
Em outubro de 2023, um terremoto de magnitude 6.3 deixou pelo menos 4 mil mortos no país, segundo o Talibã, ou 1,5 mil, de acordo com estimativas da ONU. Um ano antes, um tremor de 5.9 provocou mais de mil óbitos na província oriental de Paktika.
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