Após dois dias de debates, a 7ª Conferência Estadual das Cidades de Alagoas encerrou, nessa quarta-feira (3), sua programação no Centro de Convenções de Maceió, localizado no tradicional bairro de Jaraguá, em Maceió. O encontro reuniu representantes de diversos segmentos sociais envolvidos com o desenvolvimento urbano para discutir os rumos da política pública específica, tanto Nacional quanto Estadual, e eleger os delegados que irão representar Alagoas na etapa nacional, em Brasília.

Para o secretário especial de Planejamento, Orçamento e Governo Digital da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Phelipe Vargas, a qualidade das propostas e o engajamento dos participantes foram os destaques do evento. 

“As discussões foram intensas, mas resultaram em um trabalho muito positivo. Fico satisfeito em ver propostas consistentes, inclusive ligadas à transformação digital aplicada de forma transversal. Esse processo só foi possível pela participação da sociedade e pelo esforço coletivo. Agora, esperamos que os nossos delegados levem a Brasília um retrato fiel das necessidades e sonhos do povo alagoano”, disse.

Dividida em duas etapas, o primeiro dia foi marcado pela aprovação do regulamento e pela divisão dos participantes em seis grupos temáticos, definidos pelo texto-base do Ministério das Cidades. 

A partir das contribuições levadas pelas conferências municipais, os grupos elegeram as propostas que seguiram para a plenária estadual. Os encontros foram promovidos nas cidades de Arapiraca, Batalha, Coqueiro Seco, Coruripe, Delmiro Gouveia, Ibateguara, Igreja Nova, Jacuípe, Maceió, Marechal Deodoro, Messias, Murici, Paripueira, Penedo, Rio Largo, São José da Tapera, São Miguel dos Campos e Teotônio Vilela.

“Após discussões qualificadas foram iniciadas a definição das prioridades municipais. Esse material foi essencial para a etapa estadual”, explicou a coordenadora da equipe técnica e metodológica da conferência, a professora doutora Regina Dulce Lins.

A palestra “Notas e hipóteses sobre sistemas de desenvolvimento urbano para um debate estadual”, abriu o segundo e último dia da conferência e construiu espaço para novas discussões nos grupos temáticos. Ao final, foram aprovadas 20 propostas e realizada a eleição dos delegados que irão defender as ideias de Alagoas, em Brasília. Nove moções também foram aprovadas na conferência estadual.

Segundo Regina Lins, embora o Estado tivesse direito a 45 vagas, apenas 42 foram preenchidas, já que o segmento das entidades sindicais de trabalhadores não conseguiu reunir representantes para todas as cadeiras. 

Sendo assim, delegados que representam seis segmentos: poder público estadual e municipal, movimentos populares, entidades sindicais de trabalhadores, empresários ligados ao desenvolvimento urbano, entidades profissionais e acadêmicas, e ONGs, participarão da 6ª Conferência Nacional das Cidades, prevista para outubro, em Brasília. 

Demandas 

Para a coordenadora técnica e metodológica da conferência, a importância do encontro vai além do debate estadual. 

“Não existe política nacional de desenvolvimento urbano sem olhar para os territórios sub-nacionais. As conferências permitem que municípios tragam suas demandas, o Estado articule suas prioridades e, juntos, construam uma visão que será levada para o cenário nacional. O desenvolvimento urbano não é só uma pauta de governo, é uma pauta da sociedade. É preciso governança, que significa cooperação entre todos os agentes que constroem as cidades”, afirmou.

A 7ª Conferência Estadual das Cidades de Alagoas contou com a participação da representante do Conselho Nacional das Cidades (Concidades), Camila Parente; da Secretária Especial de Gestão e Patrimônio da Seplag de Alagoas, Júlia Casado; do secretário de Estado da Infraestrutura (Seinfra) de Alagoas, Gustavo Acioli; e do superintendente de Planejamento e Políticas Públicas da Seplag, Genildo Silva.