Cidades

Serial killer de Maceió está sendo julgado por nova tentativa de homicídio

Albino Santos de Lima, já condenado a mais de 85 anos de prisão, responde pela quarta vez ao Tribunal do Júri; vítima sobreviveu após 30 dias em coma

Redação 04/09/2025
Serial killer de Maceió está sendo julgado por nova tentativa de homicídio
Foto: MPAL

Albino Santos de Lima, conhecido nacionalmente como o “serial killer de Maceió”, voltou a enfrentar o Tribunal do Júri nesta quinta-feira (4). Preso desde setembro de 2024, ele responde agora pela tentativa de homicídio contra Alan Vitor dos Santos Soares, crime ocorrido em junho do mesmo ano, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), Alan voltava do trabalho para a casa da avó quando percebeu estar sendo seguido por Albino. Pouco depois, foi surpreendido por quatro disparos: um atingiu a nuca, dois perfuraram o pulmão e outro passou de raspão pela orelha. A vítima sobreviveu, mas passou 30 dias em coma.

O julgamento ocorre na 7ª Vara Criminal da capital e prevê os depoimentos de três testemunhas, além da própria vítima e do acusado. O juiz Yulli Rooter, responsável pelo caso, estima que o júri se encerre ainda na tarde desta quinta-feira.

As investigações revelaram que Albino monitorava Alan há algum tempo. Perícias no celular apreendido com o réu mostraram capturas de tela das redes sociais da vítima e pastas digitais com registros de possíveis alvos, notícias de crimes e até autorretratos em cemitérios. Os arquivos eram nomeados com títulos como “odiadas instagram” e “mortes especiais”, nos quais ele marcava datas e juntava fotos das vítimas.

O promotor Antônio Vilas Boas afirmou que a acusação é por tentativa de homicídio duplamente qualificada, por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. “Apesar do réu negar a autoria, o Ministério Público possui provas robustas de sua participação. Este julgamento é mais um passo fundamental para garantir justiça às vítimas”, destacou.

Albino Santos já confessou a autoria de 18 assassinatos e acumula penas que ultrapassam 85 anos de prisão em três processos distintos. O caso reforça o temor e a repercussão nacional em torno de sua trajetória criminosa.