Brasil
Ao citar inocência, defesa de Braga Netto diz que Mauro Cid foi 'coagido' a mudar depoimentos

Durante o segundo dia de julgamento do processo que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus do núcleo central da trama por tentativa de golpe de Estado, a defesa dos envolvidos foi ouvida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sessão, o advogado José Luis de Oliveira Lima, que representa o general da reserva Walter Braga Netto, declarou que o ex-ministro da Defesa é inocente das acusações. Além disso, Oliveira afirmou que houve coação contra o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, para "mudar depoimentos". A delação do ex-servidor é uma das provas apresentadas no processo.
"É apenas uma narrativa, uma narrativa que a Polícia Federal fez com que ele tivesse e que o Ministério Público abraçou de todas as formas", declarou.
Além disso, a defesa do ex-ministro chegou a prestar solidariedade aos ministros do STF por conta de ataques sofridos ao longo das investigações e declarou ainda que "divergir" das decisões de Alexandre de Moraes, relator do caso, não significa "acolher os ataques que foram feitos".
Durante as declarações, Lima também afirmou que houve demora na disponibilização das provas anexadas ao processo e, segundo ele, foram liberadas apenas dois dias antes da primeira audiência que ouviu as testemunhas de defesa.
Por fim, o advogado de Braga Netto negou que ele tenha recebido dinheiro para financiar o golpe de Estado, ao contrário do que foi delatado por Cid que, segundo Lima, não conseguiu trazer explicações sobre como foi enviado o valor.
Julgamento será retomado na próxima semana
As alegações da defesa do ex-ministro encerraram a última sessão da semana e o julgamento será retomado na próxima terça-feira (9).
Mais cedo, também se manifestou a defesa de Bolsonaro, que reforçou que não há qualquer prova de envolvimento direto nas articulações investigadas e também criticou duramente a delação premiada de Mauro Cid.
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