Alagoas
Hospital Metropolitano de Alagoas inicia mês comemorativo com oitava captação de órgãos

O mês de setembro, dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, começou com um gesto de amor no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió. Isso porque a unidade hospitalar realizou sua oitava captação de múltiplos órgãos — a terceira em apenas uma semana —, marcando o início do Setembro Verde com um “sim” que pode transformar até cinco vidas, uma vez que foram captados os dois rins, o fígado e as duas córneas.
Com três captações realizadas em apenas sete dias, o Hospital Metropolitano de Alagoas reforça seu papel essencial no fortalecimento da rede de doação de órgãos e transplantes no Estado. O gesto de solidariedade das famílias, aliado ao trabalho incansável das equipes de saúde, transforma luto em vida e mantém acesa a chama da esperança para milhares de pessoas.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, pontuou que o resultado só é possível graças ao trabalho em rede. “Esse resultado é fruto de um esforço coletivo. Estamos iniciando o Setembro Verde com esta captação no Hospital Metropolitano de Alagoas, que tem se destacado como um grande captador de órgãos para transplantes”, frisou.
O Sim
Desta vez a captação foi realizada em uma mulher de 47 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e evoluiu para morte encefálica. No acolhimento, a família teve o direito de dizer ‘sim’ à doação, e toda uma força-tarefa foi mobilizada para que isso acontecesse. “Dessa vez, cinco pessoas continuarão vivendo em melhores condições por causa desse gesto de amor e solidariedade. Hoje temos quase 600 pessoas na fila de espera”, destacou Daniela Ramos.
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O médico Luciano Ferreira, representante da Organização de Procura de Órgãos (OPO), explicou de forma clara o processo que envolve a doação. “Muita gente pensa que o órgão da vida é o coração, mas na verdade é o cérebro, porque é ele quem comanda todas as funções vitais. Quando há uma lesão neurológica grave, diversos testes são feitos por pelo menos três médicos diferentes. A partir do momento em que se confirma a ausência total de reflexos e de atividade elétrica ou de fluxo sanguíneo cerebral, é constatada a morte encefálica. É nesse momento que conversamos com a família sobre a possibilidade da doação. Com o ‘sim’, conseguimos dar nova chance de vida a pacientes da fila de espera”, detalhou.
Já para a enfermeira Géssica Serafim, responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HMA, enfatizou que cada doação representa solidariedade em sua forma mais pura. “Começar o mês com mais uma captação, mostra o quanto a conscientização sobre a importância do ‘sim’ tem crescido em nosso Estado. Cada família que autoriza a doação transforma a dor em esperança, e esse gesto é capaz de mudar a história de muitas pessoas que aguardam por um transplante”, afirmou.
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